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Entrevista Exclusiva - Pr. Márcio Dias Guarda Fala Sobre Encontro na Turquia

segunda-feira, julho 31, 2006


Pr. Márcio Dias Guarda visita as ruínas da antiga Laodicéia.

O Pr. Márcio Dias Guarda, editor da Casa Publicadora Brasileira, foi um dos representantes brasileiros na 2a. Conferência Bíblica Internacional há duas semanas na Turquia. Ele gentilmente concordou em responder algumas perguntas do blog a respeito do encontro, que você lê na seqüência:

1. Qual foi o ponto alto do encontro?
A 2ª Conferência Bíblica Internacional, realizada no Hotel Surmeli, em Éfeso, Turquia, de 7 a 17 de julho, pode ser dividida em 4 partes: (1) As sessões plenárias, nas quais teólogos adventistas escolhidos entre os mais conhecidos apresentaram teses reafirmando a posição oficial da igreja a respeito de assuntos como: “O papel da igreja na interpretação da Bíblia” (Richard Davidson), “A mensagem e missão do povo de Deus no AT” (Jiri Moscala), “A mensagem e missão do povo de Deus no NT” (Roberto Badenas – dentre todos, esse era um dos dois únicos que não trabalham nos Estados Unidos), “O remanescente do tempo do fim e o mundo cristão” (Ekkehardt Mueller) e “Ellen White e o papel da Bíblia na igreja remanescente (Ed Zinke). Todas essas plenárias tiveram excelente conteúdo; as demais que não citei não classifico assim. (2) Os devocionais, confiados a Mark Finley, cada dia sobre uma das igrejas do Apocalipse, foram sempre inspiradores e algumas vezes emocionantes. (3) As visitas aos locais de interesse bíblico e arqueológico foram outro ponto alto do encontro, pelo seu conteúdo informativo e também pela inspiração. (4) A última parte correspondeu aos 65 seminários, no qual tiveram lugar até alguns livre-atiradores, com chance de discutir questiúnculas e detalhes, nem sempre de interesse mais amplo, e em alguns casos defendendo posições bem discutíveis.

2. Quais as ênfases das palestras?
O tema geral dessa Conferência Bíblica foi: “O Teólogo Adventista e a Natureza, Missão e Unidade da Igreja”. Todas as reuniões plenárias foram relacionadas com um ou mais aspectos desse tema, em geral abordando o lado teórico ou teológico, sem chegar às questões práticas ou à contextualização ou aplicação.

3. Qual a sensação de visitar sítios arqueológicos de lugares bíblicos?

Para mim, emociona, ajusta os meus conhecimentos de geografia e história bíblicas, e fornece novos insights para sermões e artigos. Comparando com a experiência que tive em Israel, que foi até mais longa e detalhada que esta na Turquia, me surpreendeu a riquezas dos achados, principalmente em Éfeso, Pérgamo e Laodicéia. Além das reconstruções em Sardes e a quantidade de achados em Hierápolis, bem como a beleza plástica das piscinas naturais, brancas como flocos de lã, que é o significado de Pamukkale.

4. Existe alguma ameaça para a unidade da igreja?
A facilidade das comunicações e difusão das idéias, principalmente em função da Internet, e também o rápido crescimento da igreja em diferentes locais, freqüentemente não acompanhado de profunda reflexão teológica e formação de liderança, são fatores potencialmente desagregadores. Mas a IASD tem conseguido manter a unidade. É claro que a bênção de Deus tem compensado as dificuldades humanas. Foi assim na igreja primitiva e vamos depender do Espírito Santo de uma forma ainda mais intensa neste tempo do fim, entretanto a liderança da igreja pode fazer muito no âmbito humano, e a decisão tomada neste concílio de recomendar à administração da igreja que o torne periódico e mantido pela organização é uma dessas providências.


5. Que papel o Brasil deveria desenvolver no cenário mundial da igreja no século 21?
O Brasil impressiona a todos (e tive oportunidade de conversar com gente da Índia, do Japão, de diversos países da África e Europa) pelos seus números de crescimento da igreja, mas possivelmente pela falta de estudos mais profundos e reconhecidos dos fatores desse crescimento e também da aplicabilidade desses métodos em outros locais e culturas faz com que o fenômeno brasileiro não desperte mais do que curiosidade junto com certa dose de desconfiança. Creio que se conseguíssemos teorizar melhor nossas práticas e expressar isso em línguas que o mundo entende e valoriza, além de prepararmos e enviarmos missionários em quantidades mais condizentes com a pujança da igreja brasileira faríamos um grande trabalho em favor do adventismo mundial neste século.




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