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Jesus Não É uma Marca

sábado, janeiro 24, 2009


No primeiro exemplar de 2009 da revista Christianity Today, a matéria de capa tinha esse título: "Jesus Não É uma Marca". O artigo que obviamente tem provocado muitas reações busca mostrar o porquê é perigoso fazer do evangelismo uma outra forma de marketing.


O extenso artigo chama a atenção, particularmente, porque não questiona simplesmente as técnicas e métodos do marketing, mas a sociedade ocidental no século 21.


O autor portanto comenta que nós "vivemos numa cultura comercial que aceita que virtualmente tudo está à venda. Simplesmente não há como estar na arena pública sem aplicar o marketing. Mesmo que você não tenha a intenção de comercializar a sua igreja, é assim que os consumidores vão perceber o seu evangelismo." E, "portanto, eis o dilema: o produto que estamos vendendo não é como os outros produtos--na verdade nem é um produto."


O artigo ainda apresenta quatro conflitos principais que a Igreja enfrenta:


1. "Sou o que eu compro" versus o Senhorio de Cristo.

Numa sociedade consumista, a minha identidade vem do que eu consumo. E inevitavelmente as pessoas farão as perguntas: O que estou expressando se eu "comprar" o evangelho? Como o Cristianismo completará essa minha visão para a vida? O perigo é a Igreja subtamente contorcer o Evangelho somente para satisfazer as necessidades pessoais.


2. Descontentamento versus a Suficiência de Cristo

Apesar de o consumismo prometer satisfação pessoal, o ciclo econômico depende inteiramente de um descontentamento contínuo. A questão do consumismo não é fazer alguém comprar um carro, mas cada vez um carro mais novo e mais caro.

O evangelho também não sugere que teremos todas as nossas vontades feitas, mas ensina sim que devemos aprender a estarmos contentes em quaisquer circunstâncias confiando em Deus.


3. Relativismo das marcas versus a Supremaica de Cristo

No marketing as marcas têm valores associados, têm preços. Esses valores são alterados de acordo com a influência delas no comportamento dos consumidores. No evangelho, as pessoas podem até trocar o Cristianismo por outra religião, mas isso não faz Cristo valer menos. O Cristianismo não é só mais uma opção entre tantas.


4. Fragmentação versus a Unidade em Cristo

O marketing eficaz sempre trabalha com segmentação para divulgar a sua mensagem de forma específica para cada grupo. Apesar de o princípio valer como um primeiro passo, talvez, no evangelismo, em última instância o Cristianismo apresenta a unidade em Cristo.


A sociedade não deverá deixar de ser consumista, portanto, a não ser que deixemos de fazer evangelismo, o marketing é inevitável, de acordo com o artigo. E se o marketing é a linguagem da nossa cultura, deveríamos estar fluentes nela. O evangelismo continua, mas cientes da cultura no qual está inserido.

2 comentários:

André R. S. Gonçalves disse...

gostei do resumo...
especialmente a conclusão é interessante, não sendo uma reação contrária, mas reconhecendo que estamos inseridos nesse meio em função da nossa época e apelando para sermos conhecedores profundos desta área (marketing) para não errarmos filosoficamente por falta de know-how
shalom

Anônimo disse...

Sou visceralmente contra o aumento a torto e a direito de igrejas, tal como vem ocorrendo nestes tempos; mesmo por que Jesus disse que, no fim dos tempos, as igrejas multiplicar-se-iam além do normal.