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Igreja Evangélica Não Possui Prestígio da Católica

sábado, outubro 24, 2009

Um dos mais conceituados jornais ingleses, o The Guardian, publicou uma matéria sobre o crescimento dos evangélicos no Brasil. A matéria faz uma comparação entre católicos e a nova onda de denominações pentecostais, como a Igreja Bola de Neve, assim como às igrejas evangélicas tradicionais.
"O catolicismo está lutando contra o pentecostalismo antigo bem como com as novas variedades", disse Antonio Flávio Pierucci, especialista da USP em sociologia da religião.

Para ele, as igrejas evangélicas não possuem o mesmo status que o catolicismo, mesmo que estejam em expansão, como aponta dados do IBGE do ano 2000 (de 5,2 para 15,6% em três décadas).

Mas se a proliferação das igrejas nas grandes cidades brasileiras é uma prova do crescimento evangélico, relatórios reforçam a impressão de que eles estão crescendo. Para Pierucci, "analisar os dados estatísticos mostram que as igrejas evangélicas conservadoras têm crescido também. Isso significa que o catolicismo está lutando contra o pentecostalismo antigo bem como com as novas variedades".

Mas ele explica que os relatórios que relacionam as igrejas evangélicas às atividades criminais retratan um país que ainda é preconceituoso. "Atualmente, na USP, há uma tolerância de mentalidade. Então, você pode dizer que é católico, judeu, muçulmano, ou mesmo seguidor do Candomblé ou Umbanda (religiões áfro que tem um número grande de adeptos nas universidades).

"É raro encontrar um estudante que seja corajoso o suficiente para dizer que é um novo pentecostal. Há ainda um certo preconceito. Isso não é somente sobre a classe social, mas sobre o status do novo pentecostalismo. Esta religião ainda não tem muito prestígio", afirmou Pierucci


Confira postagem de Felipe Pinheiro no Guia-me.

Franchising Como Estratégia de Crescimento?

Este texto analisa parte da estratégia de crescimento de algumas igrejas sob a ótica do conceito de franchising:

O sistema franchising pode ajudar a uma igreja a crescer e executar bem o seu propósito de evangelizar povos e nações, levando almas a Jesus Cristo e transformando-se em uma estratégia de crescimento? Posso responder que sim. Porém, importante trazer a resposta ao contexto de que é possível usar novos métodos; mas não podemos negociar o conteúdo da Palavra de Deus. Este conteúdo bíblico é inegociável em minha opinião.

Diante da premissa da supremacia das Santas Escrituras sobre todas as demais técnicas e seus métodos como gênese de qualquer processo, vamos alinhar algumas idéias sobre a franchising nas igrejas.

Importante, em primeiro lugar, entender o que é franchising. O termo remonta a Idade Média, no tempo do Feudalismo, onda havia uma simbiose entre as instituições Estado e Igreja. Esse modelo permitiu o estabelecimento de algumas cidades denominadas de francas, ou seja, locais livres da incidência de pagamento de impostos e taxas ao poder central e à igreja, onde os comerciantes podiam comercializar livremente bens e serviços, uma forma bem parecida com as zonas francas que existem no Brasil e em outras partes do mundo.

Outra linha de estudiosos prefere afirmar que a franchising surgiu após a Segunda Guerra Mundial, já no século XIX, a partir de uma experiência da Singer nos Estados Unidos. A companhia concedia o direito de comercialização de seus produtos a empresas independentes. Depois, no século XX, a Coca-Cola e a General Motors aprovaram o sistema e passaram a utilizar os conceitos da Singer com o objetivo de expandir as suas redes de distribuidores na América do Norte. A expansão só veio a acontecer na década de 50 quando milhares de ex-combatentes retornaram aos EUA com o sonho de abrir os seus próprios negócios e esse comportamento gerou um efeito cascata no país, principalmente com a adesão da rede McDonald's em 1954. O formato legalizado chegou no início dos anos 80, inclusive no Brasil.

O fato é que a globalização, a internet e a expansão das interações entre as pessoas levaram as organizações, inclusive as religiosas, a observar essa nova realidade mundial como relevante para o desempenho e, em alguns casos, para a própria sobrevivência organizacional.

Bom, no meio religioso o sistema está presente? A resposta é um sonoro sim. Há algumas denominações que adotam modelos bem similares. A Maranata e a IURD são exemplos. Não vamos citar todas as denominações que tem modelos que se apóiam em conceitos de franchising. Também não estou afirmando tacitamente que as duas igrejas citadas estejam com a totalidade do foco no sistema. Mas, numa análise dos seus modelos, percebe-se facilmente o uso dos conceitos como forma de manter a identidade organizacional e permitir uma expansão geográfica estratégica, de modo a não perder a identidade original e obter ganho de escala (modelo de templos, estilo de gestão, identidade visual, abordagem de marketing etc.).

Um dos princípios basilares do sistema de franchising é criar uma forma de gestão em que o conhecimento (know-how) da operação principal, este já testado e comprovadamente eficaz, seja repassado profissionalmente e mantido nas novas unidades, envolvendo principalmente a transferência de bens tangíveis e intangíveis, como a marca, a imagem e os conhecimentos especializados.

Com esse procedimento a grande sacada organizacional está na diminuição dos riscos, pois a experiência é repassada pela organização máster (detentora do know-how), com a vantagem de tudo ter sido testado e aprovado, inclusive os processos de controle e de trabalho, a melhor forma de executar o marketing, o layout de templos, dentre outras vantagens. O binômio “maior sucesso e menor risco” torna-se uma vantagem competitiva para quem opta pelo sistema, permitindo facilidade para inovação e até mesmo a garantia da conservação metodológica da gestão.

Ao final, faço uma ressalva que considero salutar. Todo novo método precisa passar pelo crivo das Santas Escrituras e por uma profunda análise da organização que o pretende implantar. Meu conselho é de buscar a Deus em primeiro lugar e manter firme o desafio de caminharmos segundo a Palavra. Depois, avaliar a cultura da organização e estabelecer claramente se uma mudança conceitual vai trazer mais efetividade de expansão de evangelismo e das boas novas. Se as respostas forem afirmativas, use os conceitos para expandir a organização e evangelize com criatividade, de modo a que almas continuem reconhecendo Jesus como único e suficiente Salvador.


Por Adilson Romualdo Never para www.institutojetro.com

As Igrejas Neopentencostais e a Midiatização

quinta-feira, outubro 15, 2009

Igrejas históricas mostram dificuldade em atualizar seus fundamentos teológicos e pastorais às novas práticas midiáticas, ao contrário das igrejas neopentecostais, que surgiram durante o fenômeno da midiatização, com mais competência, portanto, para lidar com as complexas relações entre mídia e religião.

A constatação foi apresentada pelo jornalista Micael Vier Behs no encontro do Fórum Luterano de Comunicação (FLC), nas dependências do Colégio Concórdia, em São Leopoldo.

Micael estudou as estratégias discursivas da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) para sua dissertação de mestrado. Destacou que a Universal, como igreja midiática, não se limita à mídia audiovisual, mas também recorre ao jornalismo impresso para o desenvolvimento de competências simbólicas.

“A IURD projetou a religião para o céu aberto, instituindo um ambiente relacional capaz de reunir indivíduos distanciados no tempo e no espaço em torno de valores, expectativas e interesses”, assinalou o painelista. Se no passado o templo era o lugar clássico ocupado pelo fiel no contato com o religioso, “hoje ele dispõe de uma infinidade de canais e de operações da mídia para vivenciar experiências do sagrado.”

O professor de Comunicação, Astomiro Romais, apresentou no evento painel mostrando a contribuição de Martinho Lutero para a mídia da Idade Média. Lutero foi um comunicador, disse Astomiro, que se comunicava com o povo. Cada sermão era, para o reformador, um “trabalho de artesanato verbal”, pois, dizia ele, “a linguagem da Bíblia para o povo deve ser como a linguagem da mãe para com o filho”.

Fato é que Luterno recorreu à tecnologia disponível no momento, o invento de Guttemberg, para fazer correr o mundo as traduções do Antigo e do Novo Testamentos, livros e catecismos. ”Nos tempos modernos é necessário falar com mais pessoas do que apenas com o nosso vizinho”, afirmava.

O publicitário Artur Sanfelice Nunes analisou a Comunicação na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e o pastor Lucas Albrecht traçou perspectivas sobre a Comunicação na Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB).

Nunes apresentou sites, blogs, twitter e páginas de relacionamento alimentadas pela igreja ou por membros. Já o pastor Lucas destacou que as igrejas tentam tirar o máximo proveito dos meios de comunicação, racionalizando a relação custo/benefício.

Fonte: ALC/Gospel+

Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia Atrai Protestantes

sábado, outubro 10, 2009

Um artigo escrito por Samuel G. Freedman para The New York Times, descreveu o crescimento da Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia nos últimos anos:

Nos últimos 20 anos, a Igreja Ortodoxa de Antioquia, com raízes na Síria e no Líbano e a maioria dos membros nos Estados Unidos sendo imigrantes do Oriente Médio ou descendentes, tornou-se o destino de milhares de protestantes.

A mudança visível começou em 1987 com a conversão de aproximadamente dois mil evangélicos conduzidos por Peter E. Gillquist and outros ex-alunos do Seminário Teológico Dallas e da Campus Crusade for Christ. Mais recentemente, uma onda de conversos chegou de denominações como a Episcopal e a Luterana.

Cerca de 70% dos sacerdotes nos Estados Unidos são conversos, de acordo com Bradley Nassif, professor de teologia na North Park University em Chicago. O professor Nassif chegou a sugerir que o século 21 se tornará o "Século Ortodoxo" à medida em que protestantes desencantados são atraídos pelas raízes históricas, o rigor teológico e o conservadorismo social das denominações cristãs orientais.

Se a profecia vai se cumprir ou não, uma coisa é certa: nenhum americano se converte por conveniência ou facilidade. A denominação tem somente 250 mil membros em 250 congregações nos Estados Unidos. Os adoradores permanecem em pé durante a maior parte da liturgia de duas horas a cada domingo. Quase metade dos dias do ano requer jejum de carne, dos laticínios, de ovos e, da maioria, dos peixes.

Luta e Reggae São Atrações em Igrejas Evangélicas

The New York Times (14/09/09) chamou a atenção para algo que já havia saído na imprensa brasileira. A estratégia que algumas igrejas evangélicas têm usado para atrair certos grupos de pessoas. A reportagem menciona a igreja Renascer e sua noite de "Extreme Fight" com lutadores de Jiujitsu.

"O pastor Mazola Maffei, vestido com calça do exército e uma camiseta, pegou o microfone. O pastor Maffei que também é o treinador da luta do pastor Meira, cativou a multidão com um sermão sobre a relação dos esportes com a espiritualidade. 'Você precisa praticar mais o esporte da espiritualidade'", ele motivou.

Apesar da profunda conexão do Brasil com o Catolicismo, mais e mais pessoas querem experimentar e escolher a religião, de acordo com a professora Sílvia Fernandes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Ela disse que mais brasileiros se sentem atraídos pelas igrejas evangélicas por causa da "flexibilidade da sua expressão religiosa".

O crescente movimento evangélico jovem busca pessoas de todas as classes. Na igreja Bola de Neve, jovens profissionais interagem com famílias de baixa renda. Em 1999, o pastor Pereira e alguns outros surfistas fundaram essa igreja inspirados pela ideia de que uma bola de neve começa pequena mas pode crescer bastante.

Em determinado domingo, o pastor Pereira, de 37 anos, conduziu um sermão de três horas usando uma prancha de surf de cabeça para baixo como púlpito. Sua esposa, Denise, participou antes com um banda de rock. No porão da igreja, o filho, Nathan, de 16 anos, conduziu um grupo mais jovem. Para o pastor Pereira, esporte e música podem atravessar todos os tipos de fronteiras.

A Expansão Mórmon

O presidente da Igreja Mórmon, Thomas S. Monson, anunciou planos para a construção de cinco novos templos da denominação no mundo, incluindo um em Fortaleza, no Brasil. Os demais estão previstos para Concepción, Chile; Sapporo, Japão; Brigham City e Fort Lauderdale, ambas cidades dos Estados Unidos.

O templo de Concepción será o segundo do Chile e o 15º da América Latina. No Brasil, onde o mormonismo tem mais de 1 milhão de seguidores, o templo de Fortaleza será o sétimo. O de Sapporo será o terceiro no Japão e o sexto da Ásia.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias conta com 130 templos em todo o mundo, a maioria nos Estados Unidos. Outros 16 são planejados ou já se encontram em obras.

A localização dos novos templos reflete o crescimento da igreja. De acordo com números recentes, haveria 13,8 milhões de mórmons no mundo.

"Gostaríamos que o maior número possível de membros tenha a oportunidade de comparecer ao templo sem precisar viajar distâncias excessivas", disse Monson. "Em todo o mundo, 83% de nossos membros vivem a 300 km de um templo".


Fonte: Estadao.com.br

Fé em Domicílio

sábado, agosto 01, 2009


A revista IstoÉ (24/7/09) trouxe uma matéria interessante, de Maíra Magro, sobre os pequenos grupos. Curiosamente, a reportagem dedica mais espaço à prática na Igreja Católica do que entre os evangélicos, que já usam essa abordagem há mais tempo.


"A crescente adesão ao movimento conhecido por igreja em casa é a prova de que lugar de oração não é só no templo. O movimento abrange católicos e evangélicos, que veem nessas reuniões uma forma de incentivar as relações pessoais e, ao mesmo tempo, conquistar novos adeptos. 'Cada vez mais, o Vaticano tem produzido documentos estimulando a igreja a ir até as casas', afirma a socióloga especializada em religião Sílvia Regina Alves Fernandes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.


"Um dos mais tradicionais grupos de oração do Rio é organizado por uma representante da alta sociedade, a paulista Glória Severiano Ribeiro, 54 anos, da cadeia de cinemas Severiano Ribeiro. Ela reúne cerca de 50 amigas em sua casa, duas vezes por mês, com a presença do padre Marcos Antônio Duarte, da paróquia de São Conrado.

"Na paróquia São Benedito, no bairro do Jaçanã, na zona norte de São Paulo, o padre Juarez Murialdo Dalan lançou, há um ano e meio, os chamados 'encontros em células'. São reuniões semanais de 12 fiéis - como os apóstolos que se encontram nas residências para orar e conversar sobre suas ações. A experiência frutificou - hoje os grupos já são 13. 'A ideia da célula é a multiplicação', explica o padre Juarez. Para ele, uma das maiores vantagens da igreja nos lares é o ambiente.

"Entre os evangélicos, também se multiplicam os cultos nos lares. Em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, o pastor pentecostal Diego Martinez faz cultos residenciais e supervisiona encontros semanais com grupos de dez a 40 pessoas, que celebram a Santa Ceia com pão e suco.

"No Rio, o pastor evangélico pentecostal Osias Rocha Matos promove cultos estritamente residenciais e adota o nome 'igreja sem templos'. Ao todo, já são 400 fiéis. 'Não cremos que a igreja tenha que ter uma sede', diz o pastor. 'O objetivo maior é fazer discípulos.'

"A ideia foi crescendo e algumas igrejas até inseriram a metodologia de células no nome, como a Igreja Celular Internacional. 'É uma proposta que produz crescimento muito rápido', explica o sociólogo.


"A igreja em células também é usada por novos movimentos leigos dentro do catolicismo - missionários que querem ter uma vivência intensa, mas sem adotar a vida religiosa. Um exemplo é a Comunidade Fanuel, em Santo André, na região metropolitana de São Paulo. O grupo adotou, há dois anos, o modelo de células e hoje já são 30 com cerca de 12 membros cada.

"Os encontros nas residências, de uma hora e meia, são informais e sem a presença de um padre - só de missionários. Também não há santo, vela ou crucifixo. Começam sempre com uma refeição, a partir da qual surgem debates e orações. 'Ao mesmo tempo que as reuniões respondem às necessidades dos participantes, também atraem quem está de fora', diz o missionário César Machado Lima. Uma vez por mês, é feita uma prestação de contas ao padre e ao bispo da localidade. Assim como o alto comando de Roma, os relatórios são aprovados e incentivados. Afinal, a pregação básica é: a Igreja deve ir onde o povo está."

Reality Show para Converter Ateus

sexta-feira, julho 03, 2009

Um reality show da Turquia mostrará sacerdotes de quatro religiões tentando converter ateus convictos e premiará aqueles que passarem a ter uma religião com uma viagem de peregrinação.

O novo programa, chamado Tövbekarlar Yarisiyor (algo como "Penitentes Competem", em tradução livre) coloca juntos um imã, um rabino, um monge budista e um sacerdote da Igreja Ortodoxa Grega que tentarão converter dez competidores.

Os dez competidores ateus foram avaliados cuidadosamente por uma equipe de teólogos para garantir que não tenham nenhuma fé. A cada episódio, o imã, o rabino, o sacerdote e o monge tentarão convencer os competidores ateus a respeito dos méritos de suas religiões.

De acordo com o jornal turco Hurriyet, os produtores do programa reconhecem que há uma grande chance de que nenhum dos ateus seja convertido. Mas, se alguém for verdadeiramente convertido a uma religião, será enviado a uma peregrinação. Para os convertidos ao islamismo, a viagem será para Meca, budistas irão para o Tibete e os convertidos ao Judaísmo ou ao Cristianismo, para Jerusalém.

As câmeras do canal de televisão seguirão os competidores vencedores nestas peregrinações. "Eles não podem encarar isso como uma simples viagem, mas como uma experiência religiosa", afirmou ao jornal Hurriyet Ahmet Ozdemir, vice-diretor do Kanal T, canal de televisão que produz o programa.

As propagandas para o programa prometem que será dado ao convertido "o maior prêmio de todos; nós representamos a crença em Deus. Acredite, arrependa-se, Deus irá perdoar". Mas os produtores afirmam que o programa também ajudará os competidores a "encontrar a serenidade", além de aumentar o conhecimento sobre as religiões.

O programa já gerou várias reações na Turquia, um país de maioria muçulmana. Alguns afirmam que será bom para as relações entre as religiões e outros disseram que este tipo de discussão "não é apropriado" para a televisão. Ozdemir, por sua vez, afirmou que quando as pessoas ouviram falar do programa pela primeira vez, "foi difícil para elas compreenderem sobre o que era", mas muitos agora estão "esperando impacientemente" pelo lançamento do programa.
"As pessoas são livres para acreditarem do que quiserem. Nosso programa não vai decidir", acrescentou.

Na íntegra.

-- A ideia é no mínimo curiosa. Interessante seria comprovar que os participantes "não tem nehuma fé".

Um Terço dos Católicos Vai à Missa

Apesar de ser uma pesquisa regional, a carência de dados desta natureza no Brasil, a torna ainda mais relevante para a análise do panorama brasileiro.

A Arquidiocese de Maringá, Paraná, divulgou que, nos 27 municípios sob sua jurisdição, católicos são 73% e evangélicos, 21%.

Um terço dos católicos da região de Maringá vai às missas com frequência. O padre Sidney Fabril, coordenador arquidiocesano da Ação Evangelizadora, diz que a intenção da igreja não é atrair fiéis de outras religiões, e sim fazer com que os católicos participem mais da igreja, já que a pesquisa revelou que a maioria deles sequer vai à missa. O padre considera que a partir do momento que as paróquias se tornarem comunidades acolhedoras e fizerem atendimento personalizado aos fiéis, as pessoas terão vontade de frequentar a igreja. “Temos um campo muito grande de trabalho para fazer com que as pessoas participem mais.”

Segundo o levantamento, 4,33% dos entrevistados disseram que a forma de acolhida da paróquia que frequenta deveria melhorar.

O campo de trabalho a que se refere Fabril é o Plano de Ação Evangelizadora. A arquidiocese já traçou as quatro diretrizes que serão prioridade até 2012.

A primeira delas é a família.O padre considera que a igreja Católica precisa organizar grupos para atingir as famílias, já que muitas estão em situação de sofrimento, separação e pobreza. São três projetos em vista: encontro de preparação para o matrimônio, acompanhamento de recém-casados e acolhida dos casais em nova união.

A segunda meta é organizar as paróquias em pequenas comunidades. “Elas têm de passar a ser vistas como um conjunto de comunidades”, diz o padre.

A terceira prioridade é a promoção da vida e ação social. A arquidiocese planeja instalar a Pastoral da Saúde e trabalhar com prevenção de doenças. “Nós atendemos os enfermos, mas não trabalhamos para que as pessoas não fiquem doentes”, aponta. Outro projeto refere-se à recuperação de nascentes, rios e matas ciliares. “Queremos salvar o maior número possível de nascentes porque a água é um patrimônio que está se perdendo.”

A quarta e última diretriz é a juventude. A igreja Católica quer acolher os jovens e valorizar sua participação. “Vamos formar líderes jovens que falem a linguagem deles para que possamos evangelizá-los.”O arcebispo dom Anuar Battisti diz que mudanças na forma de acolhida dos fiéis, celebrações mais participativas e tratamento personalizado podem levar mais católicos às missas e “tocar o coração das pessoas”.

Na região, o número de evangélicos segue em crescimento, enquanto o número de católicos está estável. A pesquisa feita pela Arquidiocese de Maringá mostra que os católicos são 73,72% na região, enquanto os evangélicos são 21,15%. Comparados aos dados do IBGE, de 2000, os números apresentados pela igreja mostram crescimento de 2,41 pontos porcentuais de evangélicos e ainda a queda em 2,03 pontos porcentuais de pessoas que se declararam sem religião.

Leia na íntegra em O Diário (2/7/09).

Denominações Reagem à Perda de Membros

segunda-feira, junho 29, 2009

Após perder aproximadamente 25% dos seus membros nas últimas décadas, a igreja Metodista (United Methodist Church), apontada como a maior denominação protestante tradicional, decidiu investir $20 milhões em uma nova campanha de marketing que inclui website, televisão e equipes de rua para mudar a imagem da igreja.

"E se a igreja não fosse um prédio, mas milhares de portas? Cada uma dando acesso a um conceito ou experiência diferente de igreja? Você viria?", diz o site.

A igreja Luterana (Evangelical Lutheran Church), outra denominação protestante importante nos Estados Unidos, também têm colocado propaganda na televisão sobre a sua obra assistencial e encorajando os membros a sentirem orgulho e compartilharem a sua experiência com amigos.

A igreja Episcopal lançou recentemente um website chamado "I am Episcopalian", onde 500 mil pessoas colocaram vídeos falando da sua fé.

A igreja Batista do Sul recentemente obteve o resultado de uma pesquisa da LifeWay Research concluindo que a igreja poderá perder quase 50% dos membros até o ano 2050 se não reverter a imagem de ser uma igreja para pessoas idosas e predominantemente brancas.

Segundo Stephen Prothero, professor de religião na Universidade de Boston, as igrejas tradicionais estão tentando se reinventar. Estratégias empreendedoras mais típicas das megaigrejas evangélicas que focalizam a experiência do membro estão sendo adotadas pelas denominações tradicionais.

Seguindo tendências atuais entre os jovens americanos de interesse em assuntos globais e justiça social, a igreja Metodista está mostrando projetos ao redor do mundo, enquanto a igreja Luterana apresenta projetos assistenciais nos Estados Unidos e projetos missionários no Senegal.

Prothero acredita, no entanto, que essas denominações terão que fazer algo mais para se diferenciar da cultura, assim como as religiões que têm crescido. "O problema com o Protestantismo tradicional é que ele é muito parecido com a America tradicional."


Leia Dan Gilgoff, "Churches Fight Back Against Shrinking Membership", US News & World Report (3/6/09).



E-Religião

sexta-feira, junho 19, 2009

Os padrões comportamentais mudaram com o meio online, fazendo com que as pessoas pudessem encontrar algum auxílio religioso a distância. Apesar de recente no Brasil, o fenômeno da "e-religião" tem ganhado destaque em outros países.

Já é possível acender uma vela virtual, pedir oração via chat ou email, fazer uma macumba virtual ou vodu, assistir à pregações via webTV, fazer simpatias e despachos e até fazer leitura de tarot e cartas.

De acordo com uma pesquisa do instituto californiano especializado em assuntos religiosos, o Barna Research, até o final da década, mais de 10% da população norte-americana utilizará a internet como espaço para suas experiências religiosas.

"Atualmente, quase todas as religiões já usam a web para atrair pessoas, prometendo graças e oferecendo orações, ajuda ou até acendendo velas em rituais virtuais. O fato de exercer qualquer tipo de fé pela internet não muda. Não é porque a pessoa não está pessoalmente fazendo uma oração que sua fé é menor. A tecnologia chegou para agregar valores", explica o estudioso da história das religiões Emmanuel Heliades.

Segundo ele, o cristianismo é a maior religião do mundo, com mais de 2 bilhões de seguidores, baseando no monoteísmo e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré. Aqui se enquadram os católicos, os evangélicos, os adventistas, os anglicanos, os luteranos, entre outros.

Leia a notícia do UOL (2/6/2009).

Metade do Brasil Será Evangélica?

A revista Época (25/5/2009) apresentou uma recente estimativa da SEPAL que conclui que em 2020 os evangélicos somarão 104 milhões de pessoas no Brasil, metade da população.

Segundo o artigo, se isso acontecer, algumas coisas vão mudar:

Educação: Para ter acesso à Bíblia. a escolaridade será mais valorizada.
Família: Como a família é prioridade, o número de lares desfeitos poderá diminuir.
Álcool e Drogas: Evangélicos não bebem nem se drogam. O consumo cairá.
Violêncio: É incerto se um Brasil mais evangélico será menos violento.


A partir do crescimento numérico, outro fenômeno parece se delinear no horizonte: o aumento da influência desses fiéis em todas as esferas da vida brasileira.

A antropóloga Christina Vital indica a razão do crescimento evangélico ao apontar que essas igrejas são mais flexíveis. Os evangélicos adotaram regras menos rígidas e passaram a buscar a religião não só como forma de subir aos céus, mas também de alcançar a prosperidade. "O movimento adapta-se aos costumes, o que deverá continuar nos próximos anos. Hoje já temos igrejas evangélicas que aceitam gays', diz Christina.

Esses dados nos fazem refletir. O que mudará com a crescente presença dos evangélicos? Qual papel cada igreja exercerá nesse novo cenário? Vale tudo pelo crescimento evangélico? Até onde devemos ser flexíveis, ou teologicamente falando: como ser relevante sem comprometer os princípios Bíblicos? -- Marcelo Dias

O Pastor Coca-Cola

quinta-feira, maio 14, 2009


A revista Super Interessante deste mês (maio/2009) apresenta o fenômeno da igreja de Enoch Adeboye que fez a seguinte declaração polêmica: "Se a Coca-Cola pode, nós podemos".

Eleito uma das 50 pessoas mais influentes do mundo, disse que a multinacional de bebidas americanas projeta que em 2020 haverá ao menos 1 Coca-Cola na casa de cada família no mundo; assim também sua igreja terá nesta mesma época 1 fiel em cada lar no planeta.

"Nos anos 80, a igreja evangélica Redeemed Christian Church of God começou a arrebanhar fiéis fora da terra natal, a Nigéria. Liderada pelo pastor Enoch Adeboye, um doutor em matemática, a expansão se provou um sucesso: multiplicou os então 40 templos da igreja para mais de 5 mil, hoje espalhados por 117 países. Também fez explodir para 5 milhões o número de
seguidores da Igreja na própria Nigéria. Para isso, criou um império na Nigéria, com canal de televisão, produtora de filmes, escolas e universidade."

Aqui, missionários já começam a erguer templos da Igreja de Deus dos Cristãos Redimidos -
como foi batizada em português - em 8 cidades, como Brasília e Uberlândia.

Como funciona a Igreja de Deus dos Cristãos Redimidos. o império de Adeboye recém-chegado ao Brasil:

CRENÇAS E OBRIGAÇÕES
A Igreja acredita que o Espírito Santo dá dons a seus seguidores, como falar ínguas supostamente divinas e fazer profecias. Segundo a Igreja, orações podem resolver problemas dos fiéis e até curar doenças. Em retribuição, eles devem pagar o dízimo, geralmente de 10% da renda.

CERCO DA FÉ
Para conquistar fiéis, o pastor nigeriano conta com um complexo de comunicação na Nigéria. Ele tem uma revista, umcanal de TV a cabo, um provedor de internet e uma produtora de filmes evangélicos. A igreja ainda administra uma rede educacional com mais de 80 escolas e uma universidade.

ENTREP0STOS PELO MUNDO
A expansão da igreja começou com a ajuda de imigrantes nigerianos que viviam no exterior. Depois, missionários foram enviados para desbravar novos territórios. Hoje, a Igreja está em países como China, Paquistão e Alemanha. Só Estados Unidos e Reino Unido têm mais de 300 templos cada.

DESEMBARQUE NO BRASIL
Há 3 anos um missionário chegou ao país. Os cultos já começaram no Distrito Federal e nos estados da Bahia, de MinasGerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Pernambuco. O objetivo é pegar carona no sucesso de igrejas como a Assembleia de Deus, com cerca de 20 milhões de féis.

Discipular e Crescer

sábado, abril 25, 2009

Esta pergunta, à primeira vista, parece impertinente. Como falar que a igreja evangélica no Brasil está com algum problema de crescimento? Os números, cada vez mais animadores para os evangélicos e preocupante para os católicos, comprovam o crescimento fantástico dos evangélicos nesta última década. Temos um templo em quase cada esquina das grandes cidades. Os espaços onde funcionavam bares, cinemas, oficinas mecânicas, mercados e outros comércios, tornaram-se lugares de celebrações. Hoje pastoreio uma igreja que tem como sobrenome “Oficina de Vidas”, pois, funciona em um prédio, onde por anos foi uma oficina mecânica para automóveis.

No Brasil, o número de evangélicos dobrou em 20 anos. A revista Veja, de 03 de Julho de 2002, escreveu: “O resultado do censo demográfico no quesito religião, divulgado neste ano, mostra que mais de 15% dos brasileiros – um rebanho de 26 milhões de pessoas – são protestantes. É um percentual cinco vezes maior que em 1940 e o dobro do de 1980. Em Estados como Rio de Janeiro e Goiás, o índice supera 20% dos habitantes. No Espírito Santo e em Rondônia, os evangélicos passam de um quarto da população. Esse ritmo indica que metade dos brasileiros poderiam estar convertidos em cinco décadas – um tempo mínimo quando se fala em avanço religioso.”

Bem, talvez pudéssemos mudar a pergunta para: Qual é o fator que mais inibe o crescimento saudável da igreja evangélica no Brasil? Sabemos que diante desta pergunta muitas razões poderiam ser elencadas, tais como: falta de ética, ausência de compromisso, superficialidade na fé, pouco ou quase nenhum conhecimento bíblico, igrejas comerciais, etc e etc...Contudo, gostaria de me deter num fator que está atrás de muitos outros na deterioração da igreja evangélica brasileira, e quem sabe das igrejas no mundo inteiro: a perda de um processo sério, dinâmico e conseqüente de discipulado.

... O alicerce e maior investimento que Cristo fez, para o crescimento de Sua igreja, foi criar um movimento de discipulado a partir de seus 12 discípulos.

... O que é discipulado? Keith Phillips em seu livro, A Formação de um Discípulo, pág.16, escreve: “O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno, baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros para ensinarem outros.” O discipulado é um relacionamento. Deus fez discipulado conosco quando se relacionou. “O Verbo se fez carne e habitou entre nós...” Jo1:14. Sem este relacionamento direto, encarnado, Deus não poderia nos ensinar de si mesmo.

Para que temos dedicado nossas vidas? Para quem temos dado a maior parte do nosso tempo? Estamos encarnados (nossa missão) para quê? Se dissermos que somos discípulos de Jesus, nossa missão deverá ser a mesma: fazer discípulos!!! Como podemos então quebrar este ciclo de descompromisso com o discipulado na igreja brasileira? Começando pela nossa própria vida. Deus pode nos usar para mudar esta história.

Pensemos em três chaves para isso: Primeiramente você deve ter um discipulador. Discípulo consegue discipular bem melhor se estiver sendo discipulado. É um processo, e como todo processo ele precisa de um início, meio e fim. O início é ter alguém investindo em sua vida. Um líder pastoral ou mentor a quem você prestará contas com freqüência. Esta pessoa deverá entender os valores de um processo sério de discipulado. Está difícil encontrar, mas se procurar com diligência, irá encontrar. Esta pessoa deverá caminhar com você, lhe auxiliando em seu crescimento relacional (com Deus, consigo mesmo, com sua família, com seus líderes, com sua igreja, com o mundo ao seu redor); crescimento de caráter (auxiliando a enxergar as áreas do seu coração que precisam de uma renovação - e não são poucas); crescimento em conhecimento bíblico (precisamos de um conhecimento da Palavra de Deus para usarmos em nossa defesa e ataque – foi assim que Jesus fez quando tentado pelo diabo. Lc 4:1-13); crescimento em habilidades ministeriais (nos ajudando a conhecer nossos dons, paixão e lugar certo no corpo de Cristo para nos sentirmos úteis.Em segundo lugar você deve compreender e praticar as disciplinas espirituais de um discípulo de Jesus e se dedicar a elas de corpo, alma e espírito. Jesus nos ensina a vida simples, a comunhão, a oração, a Palavra de Deus, e o evangelismo (testemunho). David Kornfield em seu livro As Bases na Formação de Discipuladores, pág. 25, Ed. SEPAL – escreve: “Um discípulo é uma pessoa cujo compromisso principal na vida é seguir a seu mestre, desenvolver-se para ser como seu mestre, e fazer a vontade de seu mestre.” Ser um discípulo integral e radical de Jesus é voltar a praticar as coisas que Jesus viveu.

Como é sua vida? Simples e descomplicada com tempo para desfrutar do amor de Deus e se dedicar às pessoas que Deus coloca em sua caminhada? Sua comunhão com outros discípulos (crentes) é estreita, intensa e transformadora? Seu tempo dedicado a Palavra lhe dá encorajamento e direção, ouvindo a Deus aqui e agora em relação à sua vida e ministério? A oração faz parte de sua sociedade com Deus, recebendo orientação em todos os aspectos, não fazendo nada sem antes confirmar com Ele? Você compartilha do evangelho e seu testemunho, regularmente, com pessoas que não conhecem a Cristo? Em terceiro lugar você deve assumir a responsabilidade de ser um discipulador. A Bíblia diz: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (2 Tm 2.2). Deus está buscando homens fiéis, pessoas dispostas a tornarem-se discipuladores. Elas renovarão o ciclo de crescimento com saúde da igreja brasileira.

Penso que devemos segurar um pouco nosso crescimento e relançarmos os alicerces do discipulado. Deus está desejoso de levantar um movimento de pastores, líderes e crentes discipuladores em nossas igrejas. Meu desejo ainda é ver isto acontecendo nesta geração. Não seremos mais chamados de crentes, evangélicos ou protestantes; mais sim de discípulos!
Discípulos de Jesus Cristo!Desenvolvendo as características espirituais de um discípulo, observando e aprendendo com Jesus Cristo, e, sendo encorajados por outra pessoa que nos ama significativamente e caminha conosco de maneira interessada, e sendo discipuladores de algumas pessoas que Deus coloca em nossas vidas; teremos condições de nos tornar uma grande e saudável igreja evangélica no Brasil.


Marinho Soares da Silva Filho é pastor Metodista Livre e coordenador regional do MAPI em Cuiabá-MT

A Oportunidade da Crise

A busca por ajuda espiritual e financeira está refletindo na frequência aos cultos nos Estados Unidos. Segundo uma pesquisa recente, divulgada pelo jornal USA Today, 62% dos pastores responderam que têm recebido um número maior de pessoas pedindo ajuda e 31% têm recebido mais pedidos vindo dos membros.

Nessa pesquisa da LifeWay Research, 40% dos pastores disseram que têm membros desempregados e 37% confirmou a decisão de aumentar os gastos para ajudar os carentes.

O reverendo Bill Ankerberg, da Whittier Area Community Church, disse que 1.100 dos 1.800 membros adultos se inscreveram para ajudar em projetos sociais nas escolas, hospitais, abrigos, etc.

Na igreja First Family, em Kansas, o pastor Jerry Johnston realizou um culto especial por aqueles que estavam desempregados e eles receberam 2 mil pessoas--o culto mais cheio do ano.

O reverendo Larry Klinker da Zion Lutheran Church, em Ohio, termina dizendo: "Tenho gasto mais tempo com aconselhamento agora. A diferença que vejo entre agora e outros tempos difíceis é que agora a crise está mais difundida e não existe uma noção de fim".

É só Convidar!

Complementando o post anterior, gostaria de apresentar os resultados de uma outra pesquisa recentemente conduzida também pela LifeWay Research.

O dado que mais chamou a atenção foi a resposta de 67% dos americanos: iriam visitar uma igreja, se um familiar fizesse um convite pessoal.

Um convite pessoal de um amigo ou vizinho seria eficaz para 63% dos entrevistados. A mesma porcentagem estaria disposta a receber informações sobre uma igreja local vinda de um familiar.
"A lição primária que americanos deveriam aprender com essa pesquisa é que muitos dos amigos estão prontos para um convite", disse Ed Stetzer, diretor da LifeWay Research. "Vizinhos ainda precisam de um convite simples e pessoal para conversar, interagir e ir à igreja. Claramente, relacionamentos são importantes e funcionam juntamente com marketing."

Essa foi a maior pesquisa já realizada sobre a receptividade dos americanos a métodos diferentes de convites. Dos 13 métodos testados, esse foi o único com resposta positiva por parte da maioria. Visitas de porta em porta recebeu a menor aprovação (24%).

Em termos de passos posteriores no contato com os familiares e amigos, o único cenário com resposta positiva é receber um cartão postal da igreja informando os próximos assuntos abordados nos cultos (52%). O pior seria uma ligação.

Responder a uma oferta de maior informação através de um número 0800 apela a 20%, mas somente 1% assistiria a um culto pela televisão ou visitaria o website de uma igreja local.
Anúncios teriam uma boa resposta também: em jornais (46%), no rádio (41%), na televisão (40%), em outdoors (46%) e mala-direta (45%).

A pesquisa dá um bom perfil da receptividade dos americanos e uma boa idéia para ser aplicada aqui na realidade brasileira.

Mais detalhes sobre os resultados, no site www.lifewayresearch.com.

Evangelismo é a Prioridade dos Pastores

sexta-feira, abril 24, 2009

Uma pesquisa online realizada pela LifeWay Research procurou identificar as prioridades do ministério de 800 pastores batistas.

O tamanho da igreja é um fator importante ao identificar os ministérios mais importantes, de acordo com Scott McConnell, diretor associado da LifeWay Research. Pastores de igrejas com menos de 100 membros têm uma tendência maior de identificar evangelismo como um ministério importante (72%) do que aqueles que lideram igrejas com mais de 250 membros (60%). Pastores de igrejas de tamanho médio tendem a valorizar mais o ministério jovem (90%) do que os demais. Enquanto pastores de igrejas maiores, incluem a adoração como importante (46%).

Apesar de as igrejas menores terem mais dificuldades para encontrar líderes, três de cada quatro congregações tem um líder eficiente para o seu ministério principal. Curiosamente, os pastores que indicaram o evangelismo como uma prioridade, responderam que esse também é o ministério mais difícil para se encontrar um líder. Quase metade dos pastores disseram que evangelismo está entre os cinco ministérios mais importantes que não têm um bom líder à frente.

Portanto, eis a classificação geral dos ministérios mais importantes:

Evangelismo (24%)

Escola Bíblica/Pequenos Grupos (17%)

Adoração (13%)

Proclamação (10%)

Crianças e Jovens (9%)

Discipulado/Aconselhamento (7%)

Oração (5%).

A pesquisa também quis saber como os pastores se relacionam com os líderes desses ministérios importantes. De forma geral, 40% dos pastores indicaram que se reunem com o líder. Outros se reunem com o grupo todo que lidera o ministerio (22%), enquanto 21% se reunem regularmente com o grupo de líderes dos vários ministérios.

O Fim da América Cristã

quarta-feira, abril 08, 2009


O artigo de capa da revista Newsweek, do dia 13/4/09, escrito por Jon Meacham, trará o título: "O Fim da América Cristã".

O alarde surgiu com a divulgação da 2009 American Religious Identification Survey. O número de americanos que se dizem não ter afiliação religiosa quase dobrou desde 1990, indo de 8 para 15 por cento. Outro detalhe que chamou a atenção foi o fato de a região Nordeste dos Estados Unidos ter se destacado nesse sentido.

Segundo R. Albert Mohler Jr., presidente do Southern Baptist Theological Seminary, "os contornos mais básicos da cultura americana têm sido alterados radicalmente. O consenso judeu-cristão do último milênio está dando lugar para uma crise cultural pós-moderna, pós-cristão, pós-ocidental que desafia a essência da nossa cultura".

Ainda, de acordo com a pesquisa, a porcentagem daqueles que se identificam como cristãos passou de 86 para 76%. Atualmente, os judeus são 1,2% e os muçulmanos, 0,6%. Enquanto isso, o número de pessoas que se descrevem como ateístas passou de 1 milhão para 3,6 milhões desde 1990.

Outros dados interessantes apontam que menos pessoas consideram os Estados Unidos uma nação cristã, desde o ano passado, sendo que 68% dos entrevistados acha que a religião está perdendo influência na sociedade americana. Aqueles que pensam que a religião pode solucionar todos os problemas atuais nunca foram tão poucos--48%.

O artigo ainda apresenta uma perspectiva histórica do uso do termo "pós-cristão" e conclui: "Ser menos cristã não significa necessariamente que a América é pós-cristã".

Uma Igreja Fértil

sexta-feira, março 20, 2009


Esta semana, o conceituado The Wall Street Journal publicou uma história, escrita por Fred Barnes, no mínimo, interessante. Este é um testemunho de um pastor nos Estados Unidos, que em tempos de crise financeira, tem usado uma estratégia agressiva de crescimento plantando novas igrejas.

Veja um resumo:

Em 2007, a minha esposa Barbara e eu saímos da Igreja The Falls, de 277 anos, a qual frequentamos desde que nos tornamos cristãos. Não saímos brigados. Não tínhamos anseios políticos ou teológicos. Ao contrário, fomos para uma igreja nova porque a antiga quis assim. ... Fomos encorajados pelo Rev. John Yates (pastor da igreja) a fazermos parte da Igreja Christ the King plantada próxima à nossa casa.

Estávamos hesitantes quando a igreja começou, em setembro de 2007. A igreja iniciou com um culto mensal em um auditório escolar de 600 lugares. Cerca de trinta pessoas apareceram, a maioria, parte do grupo vindo da Igreja The Falls. Logo a nova igreja recebeu um investimento de $100 mil dólares e alugou um auditório para cem pessoas numa escola particular, e começou os cultos regulares. Atualmente, os 130 adultos e as quarenta crianças se reunem todas as semanas em uma outra igreja alugada.

Um dos maiores problemas em uma nova igreja é que não nos conhecemos. De forma que o Pr. David Glade, de 35 anos, organizou grupos de almoço que se reunem mensalmente. Três grupos de estudos bíblicos para homens já surgiram juntamente com um para mulheres. Temos um ministério de oração e um coral. Um retiro espiritual está marcado para agosto. Os visitantes tendem a ser solteiros ou casais jovens. Seis batismos estão agendados para daqui a duas semanas.

O articulista aponta que plantar igrejas é um movimento crescente entre os evangélicos. É um campo missionário. Existe uma teoria por detrás desse movimento. Igrejas antigas frequentemente se comportam como clubes fechados que não atraem pessoas novas. Além disso o crescimento populacional é muito maior do que o crescimento demográfico nos Estados Unidos, principalmente nas cidades.

O Reverendo Yates teve muita dificuldade em usar esse plano enquanto parte da Igreja Episcopal. Ao deixar a denominação ele desenvolveu o alvo de plantar vinte igrejas no norte do estado de Virgínia antes de aposentar-se. Até o momento já foram cinco novas igrejas.

Igrejas inovadoras, são o departamento de "Pesquisa e Desenvolvimento" do Cristianismo. Elas atraem novos líderes e influenciam as igrejas já existentes.

"Todas as igrejas novas tem uma fase de ajustes, buscando entender quem são e se conhecendo", disse o senhor Glade. Christ the King já passou por isso e tornou-se uma igreja estável financeiramente. O alvo é tornar-se uma igreja saudável. "Uma igreja saudável se reproduz", disse o senhor Glade.

Nova Moda: Igreja Missional

quinta-feira, março 12, 2009


Os termos "missional" e "igreja missional" tem aproximadamente dez anos de idade, mas já tem mais de meio milhão de ocorrências no Google. Mais e mais pessoas estão falando sobre igrejas missionais. O que é realmente esta moda que alguns estão identificando como o maior desenvolvimento no Cristianismo desde a Reforma?

Um livro lançado em 1998, Missional Church: A Vision for the Sending of the Church in North America foi a primeira obra, segundo a revista Christianity Today, a apresentar o conceito de igreja missional. O livro escrito por vários autores nasceu na Gospel and Our Culture Network, um grupo de pastores e professores que procurou trazer as discussões do World Council of Churches sobre a missio dei para os Estados Unidos. O movimento missional, de muitas maneiras, é uma força contrária à maneira tradicional das igrejas. Em vez de estar focalizada nos programas, a igreja missional se orgulha de estar focalizada nas pessoas.

"Missional é um estilo de vida, não uma afiliação ou atividade", explica o especialista Reggie McNeal em seu novo livro Missional Renaissance: Changing the Scorecard for the Church. "Pensar e viver missionalmente significa ver a vida como uma maneira de estar envolvido com a missão de Deus ao mundo.
A compreensão missional do Cristianismo desfaz o Cristianismo como religião", escreve McNeal.

As três principais mudanças no pensamento e comportamento são: foco ministerial interno para externo; desenvolvimento de programas para desenvolvimento de pessoas, como atividade principal; e, liderança baseada na igreja para liderança baseada no reino.

"Para esses líderes missionais, a igreja deixou de ser internalmente ocupada para ser focalizada externamente, de concentração primária na sua manutenção institucional para desenvolvimento de uma influência incarnacional", segundo McNeal. "Esses líderes pensam mais em impacto no reino do que crescimento da igreja."

De acordo com a Pesquisa Americana de Identificação Religiosa de 2008, recém divulgada, a porcentagem de americanos sem religião pulou de 8,2% em 1990, para 14,2% em 2001, e agora, para 15%.

“Uma iniciativa baseada no 'venha e receba' não está encontrando o seu espaço na cultura. Temos que descobrir como ser igreja onde as pessoas já estão em vez de estabelecer uma igreja separada em nossa cultura e esperar que as pessoas se identiquem com ela."

Obviamente, novas roupagens e modas quanto à missão da igreja surgem de tempos em tempos. As declarações trazem boas intenções e preocupações válidas quanto à relevância da Igreja. Num primeiro momento resta-nos sempre verificar os princípios bíblicos e tentar ler as entrelinhas -- Pr. Marcelo Dias.

Mais links sobre igrejas missionais:

Qual é o Seu Dom?

sábado, março 07, 2009


No mês passado (9/2/09), o Grupo Barna divulgou o resultado de uma pesquisa sobre os dons espirituais.

As primeiras conclusões foram que 68% dos americanos já ouviram falar sobre dons. Esta porcentagem foi um pouco maior no sul (75%) e no oeste (71%) do que nas outras regiões do país. Os números também foram diferentes de acordo com os vários segmentos cristãos, sendo: 99% dos evangelicais e 74% dos não-evangelicais. Da mesma forma houve diferença entre protestantes (75%) e católicos (54%). Curiosamente aqueles que frequentam uma igreja tradicional conheciam menos sobre o assunto (68%) em comparação com os membros das outras igrejas (78%).

Aqueles que responderam como tendo conhecimento sobre o assunto, identificaram seu dom assim:

Ensino - 9%
Serviço - 8%
Fé - 7%
Encorajamento - 4%
Cura - 4%
Conhecimento - 4%
Línguas - 3%

Durante os últimos 13 anos, a pesquisa identificou algumas tendências:
A porcentagem daqueles que se dizem ter o dom do encorajamento cresceu de 2% para 6%. Em contrapartida, o dom de evangelismo passou de 4% para 1%. Felizmente, o número de pessoas que conhece o seu dom passou de 8% para 13%.

Do total das respostas, 21% não foram identificadas com as listas bíblicas de dons, tais como: senso de humor, cantar, saúde, vida, felicidade, paciência, um emprego, uma casa, compromisso, premonição, criatividade e discernimento.

Algumas conclusões parecem surgir desta pesquisa. Primeiramente, o assunto precisa ser tratado com mais frequencia. Em segundo lugar, precisamos aplicar os dons espirituais de forma intencional na igreja.

Oportunidades de Reevangelização

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Na última edição do ano passado da revista Ultimato, um assunto interessante foi abordado: reevangelização.

Mark Carpenter, em seu artigo sobre reevangelização em uma sociedade midiática, começa definindo o termo como "semear o evangelho uma segunda ou terceira vez". E para ele "parece não haver ferramenta melhor que a internet para disseminar com insistência e ubiqüidade".

"Como pode um indivíduo - uma pessoa física sem acesso privilegiado aos gatekeepers tradicionais ou eletrônicos - usar as vantagens das novas mídias e tecnologias para evangelizar com eficácia e disseminar uma cosmovisão bíblica sem alienar-se daqueles que pretende alcançar?

"É necessário respeitar os parâmetros e as regras do jogo de cada formato. Convivência e familiaridade com cada ambiente precede qualquer tipo de estratégia de comunicação. É
~nêcessário também compreender as pressuposições pós-modernas abraçadas
por muitos que transitam pela web. Não precisamos comprometer nossas convicções, mas é necessário buscar um diálogo inicial respeitando os termos da cosmovisão alheia até ganhar o direito de ser ouvido. Devemos procurar o diálogo, conscientes das limitações que cada mídia e formato impõem.


Na mesma revista, Rubem Amorese aborda a reevangelização em uma sociedade pluralista. O primeiro passo, na sua opinião é definir a sociedade. "A mente secularizada de nosso 'século'
sonha com um lar. Ela é cidadã do mundo (portanto, não tem pátria; sendo de todos, não pertence a ninguém); vive numa "sociedade-supermercado", sob o império das diferenças; conformouse ao hábito de escolher nas prateleiras da vida; é consumidora e consumista;
é relativizada e gosta de poder optar; é horizontalizada (o valor do que é ofertado nas prateleiras depende de quem escolhe); é volúvel (não resiste a uma oferta, a uma novidade, a uma
promoção); é superficial como uma borboleta (sempre de passagem para a próxima flor); é hedonista (seus critérios de escolha são o prazer: pessoal, íntimo e intransferível); é iconoclasta (porque é horizontalizada) e tem como valor maior e bússola existencial sua auto-estima."


A sugestão do autor ao abordar essa sociedade é que "a reevangelização dessa mente precisa incluir a oferta concreta do amor de Deus. Um amor que receba, acolha, perdoe, restaure, coloque um anel no dedo e uma sandália nos pés. Essa mente não sabe ser convencida. Não quer decidir logicamente. Não resistirá acordada à nossa apologética. Mas poderá ser seduzida por uma manifestação afetiva, sacrificial, não-combativa, não punitiva da igreja. A doutrina certamente terá o seu lugar na renovação das mentes, para que seja possível experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."

Link para vídeo sobre a mesa-redonda envolvendo os dois autores.

Cristãos Pós-Modernos?

sexta-feira, fevereiro 06, 2009


A Revista da Folha (11/1/09) trouxe uma extensa reportagem por Maeli Prado e Rafael Balsemão falando sobre "como jovens paulistanos pregam o Evangelho para atrair modernos, roqueiros e até atores pornô".
O artigo apresenta um conceito, chamado igreja emergente, que tende a se tornar cada vez mais em evidência. É interessante notar como esses missionários vão em busca dos perdidos, contextualizam o Evangelho, são até bem conservadores em certos aspectos, mas vêem o processo de santificação--transformação diária--diferente da maioria dos cristãos conservadores.

A matéria apresenta três projetos alternativos que acontecem em São Paulo:

Projeto 242
"Criado há dez anos, o projeto marca a chegada a São Paulo da chamada igreja emergente, movimento que nasceu na Inglaterra, na última década. É uma vertente que congrega denominações que começaram a oferecer cultos alternativos para a juventude, unindo espiritualidade, cultura e vida em comunhão.O próprio nome da igreja remete ao espírito de comunidade: é uma referência bíblica ao versículo 42 do capítulo 2 do livro dos Atos dos Apóstolos: 'E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações'. A divulgação da fé se dá por meio de sites, fotologs e blogs.

"Os fiéis do 242 são jovens de classe média ou média alta, muitos deles profissionais de áreas ligadas à criatividade, como designers, publicitários e arquitetos. Acreditam nos valores mais estritos da moral cristã, como a virgindade.Ao mesmo tempo, fazem parte de uma comunidade religiosa na qual não precisam mudar a linguagem, as roupas ou as preferências musicais para se assumirem como cristãos.


Sexxx Church
"Grupo criado para ajudar prostitutas e viciados em pornografia 'a encontrarem Deus'. Seus 30 missionários são de diversas denominações. Em outubro, o grupo fez jus à primeira parte do nome e foi visto na 13ª Erótika Fair de São Paulo. Lá, o Sexxx Church alugou um estande e exibiu camisetas com os dizeres "Jesus ama os atores pornô", com a figura impressa de um Cristo de óculos escuros e exibindo tatuagens no braço.


Projeto Toque
É justamente em busca de quem se "desviou" do cristianismo que iniciativas como o projeto Toque, uma ONG apoiada pelo 242, se aproxima de prostitutas, sem-tetos e crianças de rua na noite paulistana. "Vamos à região da Cracolândia, da Boca do Lixo e do largo do Arouche e abordamos travestis para conversar, fazer amizade", relata Fernanda Pinilha, 26. "Acreditamos que, só por estar com eles, resgatamos sua dignidade." A integrante do projeto Toque resume a opinião dos fiéis das igrejas emergentes sobre o homossexualismo: "Acreditamos que não é o plano de Deus para o homem, mas não podemos excluir, julgar".

"Na sala ampla, repleta de pinturas estilizadas de figuras religiosas nas paredes, os instrumentos de uma banda de rock estão a postos e um telão exibe slides que fazem referência ao papel de Jesus como revolucionário.Nas pequenas mesas e sofás, alojam-se os fiéis: jovens tatuados que usam roupas modernas e prestam atenção a cada palavra proferida pelo representante comercial Hudson Parente, o pregador da noite, paramentado de calça jeans e tênis All Star."


Mandamentos das Igrejas Emergentes
1. Não há divisão entre o que é sagrado ou mundano: os fiéis fazem parte da cultura do lugar onde estão e ouvem música não-cristã, por exemplo.

2. Ênfase na comunidade: em geral, são igrejas menores, em que os relacionamentos são estimulados e todos se conhecem.

3. São "cristocêntricas", ou seja, os fiéis seguem o exemplo de Jesus.

4. Procuram realizar ações para incluir os excluídos pela sociedade.

5. Estimulam a criatividade e o uso da arte; os membros participam mais ativamente dos cultos.

Ateus, Graças a Deus?

terça-feira, janeiro 27, 2009

Há alguns meses, colocamos uma postagem aqui sobre uma campanha ateísta nos ônibus de Londres. Esta semana é a vez de a revista IstoÉ trazer uma matéria sobre a repercussão daquela campanha aqui no Brasil.


"Acaba de ser criada a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), para dar visibilidade e pedir respeito a quem não tem fé.

"Com pouco mais de um mês, a organização conta com 160 membros - mas alguns são agnósticos, ou seja, têm dúvidas sobre a existência de Deus. No censo de 2000, 7% da população brasileira declarou não ter religião. Dentro desse grupo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não especifica quais são ateus. Um dos objetivos da Atea é justamente solicitar ao IBGE que conte o número dos que não acreditam em divindades.


Segundo a autora, uma das razões para a crescente onda de iniciativas ateístas são os vários conflitos e guerras que tem a religião como pano de fundo. "São esses extremos que levam muitas pessoas a explicar o ressurgimento do ativismo ateu como reação ao fortalecimento das religiões e do radicalismo da fé. 'Ele poderia ser um contraponto ao extremismo que cria sectarismos e guerras', diz a antropóloga Regina Novaes."




Um Templo Novo a Cada Dois Dias em SP

O jornal O Globo apresentou essa estatística essa semana. Segundo a reportagem, "cidade de São Paulo ganhou, em média, um novo templo religioso a cada dois dias nos últimos quatro anos.


"Números da Prefeitura apontam que há atualmente na capital 3.584 imóveis registrados como templos e igrejas. Há quatro anos, havia 2.675 imóveis funcionando com essa função, o que significa que a cada 12 meses foram abertas 227 igrejas. Na ponta do lápis, há um local de oração para cada 3.000 moradores da cidade."

"A Avenida Celso Garcia, na zona leste, transformou-se numa espécie de "avenida da fé". Pelo menos oito templos com credos diferentes foram abertos quase vizinhos uns aos outros.
Apesar do crescimento acelerado das crenças evangélicas pentecostais entre os brasileiros na última década, 68% dos paulistanos ainda se dizem católicos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000.

"Outros 12% dos moradores da cidade são evangélicos e 9% não têm crença, diz o censo. Os números mostram uma diminuição da influência do catolicismo: em 1991, eram 80% dos paulistanos, frente a apenas 6% de evangélicos.

"Três ramos evangélicos predominam na cidade, segundo o especialista Cesar Romero Jacob, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ): Assembleia de Deus, Congregação Cristã do Brasil e Igreja Universal do Reino de Deus.

"Os evangélicos de missão, no entanto, representam menos de 3% da capital e cresceram menos de 1% entre 1991 e 2000. Dentre os grupos que integram esta divisão religiosa, os batistas predominam, com 1,5%, sendo seguidos pelos adventistas, com 0,7%.

"Há na capital cerca de 40.000 judeus, que correspondem a mais ou menos 0,25% da população. O número de espíritas é maior: chega a 370.000 (2,4% dos habitantes da cidade). Segundo Jacob, o espiritismo é praticado na maior parte de São Paulo, mas não é expressivo em favelas, onde a presença de grupos pentecostais é mais significativa. São Paulo é ainda a única capital brasileira com presença expressiva de budistas: são quase 90.000, muitos com ascendência oriental.

Evangélicos dominam a periferia
"Para o cientista político Cesar Romero Jacob, há na periferia da capital um "cinturão pentecostal" que inclui pessoas com baixa instrução e níveis de renda inferiores aos de moradores do centro, conforme mostram os números do censo do IBGE de 2000.

"- Do centro à zona oeste da cidade, como nos bairros de Jardins, Pinheiros, Mooca e Ipiranga, há um predomínio de 82% de católicos, frente a 5% de evangélicos. Se você segue para as regiões de Guaianazes e Cidade Tiradentes, na zona leste, são mais de 30% de evangélicos contra 40% de católicos - afirma Jacob, autor do livro "Atlas da Filiação Religiosa Brasileira".
Segundo ele, municípios da Grande São Paulo que fazem divisa com as zonas leste e oeste da capital, como Poá e Ferraz de Vasconcelos, têm acelerado crescimento da população evangélica, enquanto que, ao sudoeste, a religião católica mantém o fervor nas cidades do ABC, com até 80% dos fiéis.

"O professor afirma que os bairros mais ricos da capital, situados a oeste e sudoeste do centro, mantêm-se pouco afetados pela onda pentecostal. Lá, percentuais inferiores a 5% da população seguem a religião, cuja influência cresceu quase 10% entre os paulistanos, na década de 90. No extremo da zona sul, no Capão Redondo, os números mostram que até 30% da população é de evangélicos.

"Os judeus também concentram-se em regiões nobres, sobretudo as localizadas no oeste e sudoeste, como Higienópolis. Já os espíritas se espalham por uma série de bairros que vão do sudoeste ao nordeste da capital, onde a religião representa de 6% a 10% dos moradores. Além de nessas áreas, os espíritas estão também em alguns bairros dos municípios de Santo André e São Bernardo.

Jesus Não É uma Marca

sábado, janeiro 24, 2009


No primeiro exemplar de 2009 da revista Christianity Today, a matéria de capa tinha esse título: "Jesus Não É uma Marca". O artigo que obviamente tem provocado muitas reações busca mostrar o porquê é perigoso fazer do evangelismo uma outra forma de marketing.


O extenso artigo chama a atenção, particularmente, porque não questiona simplesmente as técnicas e métodos do marketing, mas a sociedade ocidental no século 21.


O autor portanto comenta que nós "vivemos numa cultura comercial que aceita que virtualmente tudo está à venda. Simplesmente não há como estar na arena pública sem aplicar o marketing. Mesmo que você não tenha a intenção de comercializar a sua igreja, é assim que os consumidores vão perceber o seu evangelismo." E, "portanto, eis o dilema: o produto que estamos vendendo não é como os outros produtos--na verdade nem é um produto."


O artigo ainda apresenta quatro conflitos principais que a Igreja enfrenta:


1. "Sou o que eu compro" versus o Senhorio de Cristo.

Numa sociedade consumista, a minha identidade vem do que eu consumo. E inevitavelmente as pessoas farão as perguntas: O que estou expressando se eu "comprar" o evangelho? Como o Cristianismo completará essa minha visão para a vida? O perigo é a Igreja subtamente contorcer o Evangelho somente para satisfazer as necessidades pessoais.


2. Descontentamento versus a Suficiência de Cristo

Apesar de o consumismo prometer satisfação pessoal, o ciclo econômico depende inteiramente de um descontentamento contínuo. A questão do consumismo não é fazer alguém comprar um carro, mas cada vez um carro mais novo e mais caro.

O evangelho também não sugere que teremos todas as nossas vontades feitas, mas ensina sim que devemos aprender a estarmos contentes em quaisquer circunstâncias confiando em Deus.


3. Relativismo das marcas versus a Supremaica de Cristo

No marketing as marcas têm valores associados, têm preços. Esses valores são alterados de acordo com a influência delas no comportamento dos consumidores. No evangelho, as pessoas podem até trocar o Cristianismo por outra religião, mas isso não faz Cristo valer menos. O Cristianismo não é só mais uma opção entre tantas.


4. Fragmentação versus a Unidade em Cristo

O marketing eficaz sempre trabalha com segmentação para divulgar a sua mensagem de forma específica para cada grupo. Apesar de o princípio valer como um primeiro passo, talvez, no evangelismo, em última instância o Cristianismo apresenta a unidade em Cristo.


A sociedade não deverá deixar de ser consumista, portanto, a não ser que deixemos de fazer evangelismo, o marketing é inevitável, de acordo com o artigo. E se o marketing é a linguagem da nossa cultura, deveríamos estar fluentes nela. O evangelismo continua, mas cientes da cultura no qual está inserido.

Um Feliz 2009!

Após aproximadamente um mês sem novidades no blog, estamos voltando, ainda que, timidamente. Mudanças significativas estão acontecendo e têm alterado bastante o ritmo das atividades.


Nada disso, no entanto, implica em abandono do blog. Pelo contrário, desconfio que todas as mudanças contribuirão grandemente para continuarmos produzindo, coletando e apresentando as realidades que influenciam (positivamente, em especial) o cumprimento da missão!


Um feliz 2009 e um abraço, Pr. Marcelo E. C. Dias.