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Crescimento Inquietante

terça-feira, setembro 07, 2010

O Brasil já é considerado o maior país espírita do mundo, com números que chegariam a 30 milhões de seguidores e simpatizantes. O último levantamento religioso oficial da população nacional, o Censo de 2000, encontrou pouco mais de 2,3 milhões de espiritualistas confessos, mas é sabido que muitas pessoas têm o kardecismo como uma espécie de segunda crença, à qual recorrem em momentos de aflição.

Além disso, o espiritismo mesclou-se muito bem com credos de matriz africana como a umbanda e o candomblé, criando uma religiosidade popular que mistura a cosmovisão dos dois lados.O sucesso estrondoso de Chico Xavier (Downtown/Sony Pictures), cinebiografia do mais celebrado médium brasileiro, que vem batendo recordes de público desde seu lançamento, é demonstração disso. Em dois meses, foram 3 milhões de espectadores, sinal de que a doutrina dos espíritos está em alta.

De acordo com a Federação Espírita Brasileira (FEB) há no país cerca de 15 mil centros e casas de sessão das mais diversas linhas espiritualistas. Alguns locais, como o Centro Espírita Perseverança, considerado o maior da América Latina e localizado na capital paulista, recebe diariamente nada menos que 5 mil pessoas.

Elas estão interessadas numa religião onde não existem amarras hierárquicas e na qual cada fiel é responsável pelo próprio crescimento espiritual, sobretudo através da prática da caridade, marca registrada do grupo. Outra característica do espiritismo é o estímulo ao estudo.

 O perfil do espírita brasileiro é de pessoas com renda familiar alta, na casa dos R$ 5 mil mensais – bem acima, por exemplo, dos católicos (por volta de R$ 2 mil) e dos evangélicos (não mais que R$ 1,3 mil) –, média de escolaridade de 10 a 15 anos e forte hábito da leitura.

A ênfase no estudo explica o desenvolvimento acelerado das editoras do segmento espiritualista em um país como o Brasil, em que somente 10% da população lê com assiduidade. Segundo um levantamento baseado em dados de 2006 da Câmara Brasileira do Livro (CBL), esse nicho de mercado editorial possuía 205 editoras, 4,3 mil títulos, cerca de 1 mil autores e editou nada menos que 6,5 milhões de livros. Isso significou um faturamento de quase R$ 100 milhões naquele ano.

Para Júlia, o sucesso dos temas espíritas reflete uma busca dos tempos modernos. “As pessoas estão cansadas do materialismo e têm procurado uma resposta transcendental. O espiritismo traz essa resposta, embora não sejamos os donos da verdade”, afirma.“Estratégia proselitista” – É a caridade, contudo, a bandeira mais levantada pelos seguidores do espiritismo. Fazer o bem ao próximo é fundamental para os devotos, que veem na solidariedade o caminho para a perfeição – crença bem expressa no slogan “Fora da caridade, não há salvação”.

O jornalista e missionário Jamierson Oliveira, ligado à Igreja Batista Betel, considera que as obras sociais e assistenciais são uma vitrine de justiça e o cartão de visita não só do espiritismo, mas de outros grupos religiosos. “É uma estratégia de proselitismo, mas é preciso registrar que também os evangélicos e protestantes realizam grandes obras em favor do próximo”. Ele cita como exemplo igrejas e organizações não-governamentais de caráter cristão, como Exército de Salvação, Visão Mundial e Compassion.

Fonte: Cristianismo Hoje

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