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Discipular e Crescer

sábado, abril 25, 2009

Esta pergunta, à primeira vista, parece impertinente. Como falar que a igreja evangélica no Brasil está com algum problema de crescimento? Os números, cada vez mais animadores para os evangélicos e preocupante para os católicos, comprovam o crescimento fantástico dos evangélicos nesta última década. Temos um templo em quase cada esquina das grandes cidades. Os espaços onde funcionavam bares, cinemas, oficinas mecânicas, mercados e outros comércios, tornaram-se lugares de celebrações. Hoje pastoreio uma igreja que tem como sobrenome “Oficina de Vidas”, pois, funciona em um prédio, onde por anos foi uma oficina mecânica para automóveis.

No Brasil, o número de evangélicos dobrou em 20 anos. A revista Veja, de 03 de Julho de 2002, escreveu: “O resultado do censo demográfico no quesito religião, divulgado neste ano, mostra que mais de 15% dos brasileiros – um rebanho de 26 milhões de pessoas – são protestantes. É um percentual cinco vezes maior que em 1940 e o dobro do de 1980. Em Estados como Rio de Janeiro e Goiás, o índice supera 20% dos habitantes. No Espírito Santo e em Rondônia, os evangélicos passam de um quarto da população. Esse ritmo indica que metade dos brasileiros poderiam estar convertidos em cinco décadas – um tempo mínimo quando se fala em avanço religioso.”

Bem, talvez pudéssemos mudar a pergunta para: Qual é o fator que mais inibe o crescimento saudável da igreja evangélica no Brasil? Sabemos que diante desta pergunta muitas razões poderiam ser elencadas, tais como: falta de ética, ausência de compromisso, superficialidade na fé, pouco ou quase nenhum conhecimento bíblico, igrejas comerciais, etc e etc...Contudo, gostaria de me deter num fator que está atrás de muitos outros na deterioração da igreja evangélica brasileira, e quem sabe das igrejas no mundo inteiro: a perda de um processo sério, dinâmico e conseqüente de discipulado.

... O alicerce e maior investimento que Cristo fez, para o crescimento de Sua igreja, foi criar um movimento de discipulado a partir de seus 12 discípulos.

... O que é discipulado? Keith Phillips em seu livro, A Formação de um Discípulo, pág.16, escreve: “O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno, baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros para ensinarem outros.” O discipulado é um relacionamento. Deus fez discipulado conosco quando se relacionou. “O Verbo se fez carne e habitou entre nós...” Jo1:14. Sem este relacionamento direto, encarnado, Deus não poderia nos ensinar de si mesmo.

Para que temos dedicado nossas vidas? Para quem temos dado a maior parte do nosso tempo? Estamos encarnados (nossa missão) para quê? Se dissermos que somos discípulos de Jesus, nossa missão deverá ser a mesma: fazer discípulos!!! Como podemos então quebrar este ciclo de descompromisso com o discipulado na igreja brasileira? Começando pela nossa própria vida. Deus pode nos usar para mudar esta história.

Pensemos em três chaves para isso: Primeiramente você deve ter um discipulador. Discípulo consegue discipular bem melhor se estiver sendo discipulado. É um processo, e como todo processo ele precisa de um início, meio e fim. O início é ter alguém investindo em sua vida. Um líder pastoral ou mentor a quem você prestará contas com freqüência. Esta pessoa deverá entender os valores de um processo sério de discipulado. Está difícil encontrar, mas se procurar com diligência, irá encontrar. Esta pessoa deverá caminhar com você, lhe auxiliando em seu crescimento relacional (com Deus, consigo mesmo, com sua família, com seus líderes, com sua igreja, com o mundo ao seu redor); crescimento de caráter (auxiliando a enxergar as áreas do seu coração que precisam de uma renovação - e não são poucas); crescimento em conhecimento bíblico (precisamos de um conhecimento da Palavra de Deus para usarmos em nossa defesa e ataque – foi assim que Jesus fez quando tentado pelo diabo. Lc 4:1-13); crescimento em habilidades ministeriais (nos ajudando a conhecer nossos dons, paixão e lugar certo no corpo de Cristo para nos sentirmos úteis.Em segundo lugar você deve compreender e praticar as disciplinas espirituais de um discípulo de Jesus e se dedicar a elas de corpo, alma e espírito. Jesus nos ensina a vida simples, a comunhão, a oração, a Palavra de Deus, e o evangelismo (testemunho). David Kornfield em seu livro As Bases na Formação de Discipuladores, pág. 25, Ed. SEPAL – escreve: “Um discípulo é uma pessoa cujo compromisso principal na vida é seguir a seu mestre, desenvolver-se para ser como seu mestre, e fazer a vontade de seu mestre.” Ser um discípulo integral e radical de Jesus é voltar a praticar as coisas que Jesus viveu.

Como é sua vida? Simples e descomplicada com tempo para desfrutar do amor de Deus e se dedicar às pessoas que Deus coloca em sua caminhada? Sua comunhão com outros discípulos (crentes) é estreita, intensa e transformadora? Seu tempo dedicado a Palavra lhe dá encorajamento e direção, ouvindo a Deus aqui e agora em relação à sua vida e ministério? A oração faz parte de sua sociedade com Deus, recebendo orientação em todos os aspectos, não fazendo nada sem antes confirmar com Ele? Você compartilha do evangelho e seu testemunho, regularmente, com pessoas que não conhecem a Cristo? Em terceiro lugar você deve assumir a responsabilidade de ser um discipulador. A Bíblia diz: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (2 Tm 2.2). Deus está buscando homens fiéis, pessoas dispostas a tornarem-se discipuladores. Elas renovarão o ciclo de crescimento com saúde da igreja brasileira.

Penso que devemos segurar um pouco nosso crescimento e relançarmos os alicerces do discipulado. Deus está desejoso de levantar um movimento de pastores, líderes e crentes discipuladores em nossas igrejas. Meu desejo ainda é ver isto acontecendo nesta geração. Não seremos mais chamados de crentes, evangélicos ou protestantes; mais sim de discípulos!
Discípulos de Jesus Cristo!Desenvolvendo as características espirituais de um discípulo, observando e aprendendo com Jesus Cristo, e, sendo encorajados por outra pessoa que nos ama significativamente e caminha conosco de maneira interessada, e sendo discipuladores de algumas pessoas que Deus coloca em nossas vidas; teremos condições de nos tornar uma grande e saudável igreja evangélica no Brasil.


Marinho Soares da Silva Filho é pastor Metodista Livre e coordenador regional do MAPI em Cuiabá-MT

A Oportunidade da Crise

A busca por ajuda espiritual e financeira está refletindo na frequência aos cultos nos Estados Unidos. Segundo uma pesquisa recente, divulgada pelo jornal USA Today, 62% dos pastores responderam que têm recebido um número maior de pessoas pedindo ajuda e 31% têm recebido mais pedidos vindo dos membros.

Nessa pesquisa da LifeWay Research, 40% dos pastores disseram que têm membros desempregados e 37% confirmou a decisão de aumentar os gastos para ajudar os carentes.

O reverendo Bill Ankerberg, da Whittier Area Community Church, disse que 1.100 dos 1.800 membros adultos se inscreveram para ajudar em projetos sociais nas escolas, hospitais, abrigos, etc.

Na igreja First Family, em Kansas, o pastor Jerry Johnston realizou um culto especial por aqueles que estavam desempregados e eles receberam 2 mil pessoas--o culto mais cheio do ano.

O reverendo Larry Klinker da Zion Lutheran Church, em Ohio, termina dizendo: "Tenho gasto mais tempo com aconselhamento agora. A diferença que vejo entre agora e outros tempos difíceis é que agora a crise está mais difundida e não existe uma noção de fim".

É só Convidar!

Complementando o post anterior, gostaria de apresentar os resultados de uma outra pesquisa recentemente conduzida também pela LifeWay Research.

O dado que mais chamou a atenção foi a resposta de 67% dos americanos: iriam visitar uma igreja, se um familiar fizesse um convite pessoal.

Um convite pessoal de um amigo ou vizinho seria eficaz para 63% dos entrevistados. A mesma porcentagem estaria disposta a receber informações sobre uma igreja local vinda de um familiar.
"A lição primária que americanos deveriam aprender com essa pesquisa é que muitos dos amigos estão prontos para um convite", disse Ed Stetzer, diretor da LifeWay Research. "Vizinhos ainda precisam de um convite simples e pessoal para conversar, interagir e ir à igreja. Claramente, relacionamentos são importantes e funcionam juntamente com marketing."

Essa foi a maior pesquisa já realizada sobre a receptividade dos americanos a métodos diferentes de convites. Dos 13 métodos testados, esse foi o único com resposta positiva por parte da maioria. Visitas de porta em porta recebeu a menor aprovação (24%).

Em termos de passos posteriores no contato com os familiares e amigos, o único cenário com resposta positiva é receber um cartão postal da igreja informando os próximos assuntos abordados nos cultos (52%). O pior seria uma ligação.

Responder a uma oferta de maior informação através de um número 0800 apela a 20%, mas somente 1% assistiria a um culto pela televisão ou visitaria o website de uma igreja local.
Anúncios teriam uma boa resposta também: em jornais (46%), no rádio (41%), na televisão (40%), em outdoors (46%) e mala-direta (45%).

A pesquisa dá um bom perfil da receptividade dos americanos e uma boa idéia para ser aplicada aqui na realidade brasileira.

Mais detalhes sobre os resultados, no site www.lifewayresearch.com.

Evangelismo é a Prioridade dos Pastores

sexta-feira, abril 24, 2009

Uma pesquisa online realizada pela LifeWay Research procurou identificar as prioridades do ministério de 800 pastores batistas.

O tamanho da igreja é um fator importante ao identificar os ministérios mais importantes, de acordo com Scott McConnell, diretor associado da LifeWay Research. Pastores de igrejas com menos de 100 membros têm uma tendência maior de identificar evangelismo como um ministério importante (72%) do que aqueles que lideram igrejas com mais de 250 membros (60%). Pastores de igrejas de tamanho médio tendem a valorizar mais o ministério jovem (90%) do que os demais. Enquanto pastores de igrejas maiores, incluem a adoração como importante (46%).

Apesar de as igrejas menores terem mais dificuldades para encontrar líderes, três de cada quatro congregações tem um líder eficiente para o seu ministério principal. Curiosamente, os pastores que indicaram o evangelismo como uma prioridade, responderam que esse também é o ministério mais difícil para se encontrar um líder. Quase metade dos pastores disseram que evangelismo está entre os cinco ministérios mais importantes que não têm um bom líder à frente.

Portanto, eis a classificação geral dos ministérios mais importantes:

Evangelismo (24%)

Escola Bíblica/Pequenos Grupos (17%)

Adoração (13%)

Proclamação (10%)

Crianças e Jovens (9%)

Discipulado/Aconselhamento (7%)

Oração (5%).

A pesquisa também quis saber como os pastores se relacionam com os líderes desses ministérios importantes. De forma geral, 40% dos pastores indicaram que se reunem com o líder. Outros se reunem com o grupo todo que lidera o ministerio (22%), enquanto 21% se reunem regularmente com o grupo de líderes dos vários ministérios.

O Fim da América Cristã

quarta-feira, abril 08, 2009


O artigo de capa da revista Newsweek, do dia 13/4/09, escrito por Jon Meacham, trará o título: "O Fim da América Cristã".

O alarde surgiu com a divulgação da 2009 American Religious Identification Survey. O número de americanos que se dizem não ter afiliação religiosa quase dobrou desde 1990, indo de 8 para 15 por cento. Outro detalhe que chamou a atenção foi o fato de a região Nordeste dos Estados Unidos ter se destacado nesse sentido.

Segundo R. Albert Mohler Jr., presidente do Southern Baptist Theological Seminary, "os contornos mais básicos da cultura americana têm sido alterados radicalmente. O consenso judeu-cristão do último milênio está dando lugar para uma crise cultural pós-moderna, pós-cristão, pós-ocidental que desafia a essência da nossa cultura".

Ainda, de acordo com a pesquisa, a porcentagem daqueles que se identificam como cristãos passou de 86 para 76%. Atualmente, os judeus são 1,2% e os muçulmanos, 0,6%. Enquanto isso, o número de pessoas que se descrevem como ateístas passou de 1 milhão para 3,6 milhões desde 1990.

Outros dados interessantes apontam que menos pessoas consideram os Estados Unidos uma nação cristã, desde o ano passado, sendo que 68% dos entrevistados acha que a religião está perdendo influência na sociedade americana. Aqueles que pensam que a religião pode solucionar todos os problemas atuais nunca foram tão poucos--48%.

O artigo ainda apresenta uma perspectiva histórica do uso do termo "pós-cristão" e conclui: "Ser menos cristã não significa necessariamente que a América é pós-cristã".