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Ateus, Graças a Deus?

terça-feira, janeiro 27, 2009

Há alguns meses, colocamos uma postagem aqui sobre uma campanha ateísta nos ônibus de Londres. Esta semana é a vez de a revista IstoÉ trazer uma matéria sobre a repercussão daquela campanha aqui no Brasil.


"Acaba de ser criada a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), para dar visibilidade e pedir respeito a quem não tem fé.

"Com pouco mais de um mês, a organização conta com 160 membros - mas alguns são agnósticos, ou seja, têm dúvidas sobre a existência de Deus. No censo de 2000, 7% da população brasileira declarou não ter religião. Dentro desse grupo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não especifica quais são ateus. Um dos objetivos da Atea é justamente solicitar ao IBGE que conte o número dos que não acreditam em divindades.


Segundo a autora, uma das razões para a crescente onda de iniciativas ateístas são os vários conflitos e guerras que tem a religião como pano de fundo. "São esses extremos que levam muitas pessoas a explicar o ressurgimento do ativismo ateu como reação ao fortalecimento das religiões e do radicalismo da fé. 'Ele poderia ser um contraponto ao extremismo que cria sectarismos e guerras', diz a antropóloga Regina Novaes."




Um Templo Novo a Cada Dois Dias em SP

O jornal O Globo apresentou essa estatística essa semana. Segundo a reportagem, "cidade de São Paulo ganhou, em média, um novo templo religioso a cada dois dias nos últimos quatro anos.


"Números da Prefeitura apontam que há atualmente na capital 3.584 imóveis registrados como templos e igrejas. Há quatro anos, havia 2.675 imóveis funcionando com essa função, o que significa que a cada 12 meses foram abertas 227 igrejas. Na ponta do lápis, há um local de oração para cada 3.000 moradores da cidade."

"A Avenida Celso Garcia, na zona leste, transformou-se numa espécie de "avenida da fé". Pelo menos oito templos com credos diferentes foram abertos quase vizinhos uns aos outros.
Apesar do crescimento acelerado das crenças evangélicas pentecostais entre os brasileiros na última década, 68% dos paulistanos ainda se dizem católicos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000.

"Outros 12% dos moradores da cidade são evangélicos e 9% não têm crença, diz o censo. Os números mostram uma diminuição da influência do catolicismo: em 1991, eram 80% dos paulistanos, frente a apenas 6% de evangélicos.

"Três ramos evangélicos predominam na cidade, segundo o especialista Cesar Romero Jacob, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ): Assembleia de Deus, Congregação Cristã do Brasil e Igreja Universal do Reino de Deus.

"Os evangélicos de missão, no entanto, representam menos de 3% da capital e cresceram menos de 1% entre 1991 e 2000. Dentre os grupos que integram esta divisão religiosa, os batistas predominam, com 1,5%, sendo seguidos pelos adventistas, com 0,7%.

"Há na capital cerca de 40.000 judeus, que correspondem a mais ou menos 0,25% da população. O número de espíritas é maior: chega a 370.000 (2,4% dos habitantes da cidade). Segundo Jacob, o espiritismo é praticado na maior parte de São Paulo, mas não é expressivo em favelas, onde a presença de grupos pentecostais é mais significativa. São Paulo é ainda a única capital brasileira com presença expressiva de budistas: são quase 90.000, muitos com ascendência oriental.

Evangélicos dominam a periferia
"Para o cientista político Cesar Romero Jacob, há na periferia da capital um "cinturão pentecostal" que inclui pessoas com baixa instrução e níveis de renda inferiores aos de moradores do centro, conforme mostram os números do censo do IBGE de 2000.

"- Do centro à zona oeste da cidade, como nos bairros de Jardins, Pinheiros, Mooca e Ipiranga, há um predomínio de 82% de católicos, frente a 5% de evangélicos. Se você segue para as regiões de Guaianazes e Cidade Tiradentes, na zona leste, são mais de 30% de evangélicos contra 40% de católicos - afirma Jacob, autor do livro "Atlas da Filiação Religiosa Brasileira".
Segundo ele, municípios da Grande São Paulo que fazem divisa com as zonas leste e oeste da capital, como Poá e Ferraz de Vasconcelos, têm acelerado crescimento da população evangélica, enquanto que, ao sudoeste, a religião católica mantém o fervor nas cidades do ABC, com até 80% dos fiéis.

"O professor afirma que os bairros mais ricos da capital, situados a oeste e sudoeste do centro, mantêm-se pouco afetados pela onda pentecostal. Lá, percentuais inferiores a 5% da população seguem a religião, cuja influência cresceu quase 10% entre os paulistanos, na década de 90. No extremo da zona sul, no Capão Redondo, os números mostram que até 30% da população é de evangélicos.

"Os judeus também concentram-se em regiões nobres, sobretudo as localizadas no oeste e sudoeste, como Higienópolis. Já os espíritas se espalham por uma série de bairros que vão do sudoeste ao nordeste da capital, onde a religião representa de 6% a 10% dos moradores. Além de nessas áreas, os espíritas estão também em alguns bairros dos municípios de Santo André e São Bernardo.

Jesus Não É uma Marca

sábado, janeiro 24, 2009


No primeiro exemplar de 2009 da revista Christianity Today, a matéria de capa tinha esse título: "Jesus Não É uma Marca". O artigo que obviamente tem provocado muitas reações busca mostrar o porquê é perigoso fazer do evangelismo uma outra forma de marketing.


O extenso artigo chama a atenção, particularmente, porque não questiona simplesmente as técnicas e métodos do marketing, mas a sociedade ocidental no século 21.


O autor portanto comenta que nós "vivemos numa cultura comercial que aceita que virtualmente tudo está à venda. Simplesmente não há como estar na arena pública sem aplicar o marketing. Mesmo que você não tenha a intenção de comercializar a sua igreja, é assim que os consumidores vão perceber o seu evangelismo." E, "portanto, eis o dilema: o produto que estamos vendendo não é como os outros produtos--na verdade nem é um produto."


O artigo ainda apresenta quatro conflitos principais que a Igreja enfrenta:


1. "Sou o que eu compro" versus o Senhorio de Cristo.

Numa sociedade consumista, a minha identidade vem do que eu consumo. E inevitavelmente as pessoas farão as perguntas: O que estou expressando se eu "comprar" o evangelho? Como o Cristianismo completará essa minha visão para a vida? O perigo é a Igreja subtamente contorcer o Evangelho somente para satisfazer as necessidades pessoais.


2. Descontentamento versus a Suficiência de Cristo

Apesar de o consumismo prometer satisfação pessoal, o ciclo econômico depende inteiramente de um descontentamento contínuo. A questão do consumismo não é fazer alguém comprar um carro, mas cada vez um carro mais novo e mais caro.

O evangelho também não sugere que teremos todas as nossas vontades feitas, mas ensina sim que devemos aprender a estarmos contentes em quaisquer circunstâncias confiando em Deus.


3. Relativismo das marcas versus a Supremaica de Cristo

No marketing as marcas têm valores associados, têm preços. Esses valores são alterados de acordo com a influência delas no comportamento dos consumidores. No evangelho, as pessoas podem até trocar o Cristianismo por outra religião, mas isso não faz Cristo valer menos. O Cristianismo não é só mais uma opção entre tantas.


4. Fragmentação versus a Unidade em Cristo

O marketing eficaz sempre trabalha com segmentação para divulgar a sua mensagem de forma específica para cada grupo. Apesar de o princípio valer como um primeiro passo, talvez, no evangelismo, em última instância o Cristianismo apresenta a unidade em Cristo.


A sociedade não deverá deixar de ser consumista, portanto, a não ser que deixemos de fazer evangelismo, o marketing é inevitável, de acordo com o artigo. E se o marketing é a linguagem da nossa cultura, deveríamos estar fluentes nela. O evangelismo continua, mas cientes da cultura no qual está inserido.

Um Feliz 2009!

Após aproximadamente um mês sem novidades no blog, estamos voltando, ainda que, timidamente. Mudanças significativas estão acontecendo e têm alterado bastante o ritmo das atividades.


Nada disso, no entanto, implica em abandono do blog. Pelo contrário, desconfio que todas as mudanças contribuirão grandemente para continuarmos produzindo, coletando e apresentando as realidades que influenciam (positivamente, em especial) o cumprimento da missão!


Um feliz 2009 e um abraço, Pr. Marcelo E. C. Dias.