Apesar de ser uma pesquisa regional, a carência de dados desta natureza no Brasil, a torna ainda mais relevante para a análise do panorama brasileiro.
A Arquidiocese de Maringá, Paraná, divulgou que, nos 27 municípios sob sua jurisdição, católicos são 73% e evangélicos, 21%.
Um terço dos católicos da região de Maringá vai às missas com frequência. O padre Sidney Fabril, coordenador arquidiocesano da Ação Evangelizadora, diz que a intenção da igreja não é atrair fiéis de outras religiões, e sim fazer com que os católicos participem mais da igreja, já que a pesquisa revelou que a maioria deles sequer vai à missa. O padre considera que a partir do momento que as paróquias se tornarem comunidades acolhedoras e fizerem atendimento personalizado aos fiéis, as pessoas terão vontade de frequentar a igreja. “Temos um campo muito grande de trabalho para fazer com que as pessoas participem mais.”
Segundo o levantamento, 4,33% dos entrevistados disseram que a forma de acolhida da paróquia que frequenta deveria melhorar.
O campo de trabalho a que se refere Fabril é o Plano de Ação Evangelizadora. A arquidiocese já traçou as quatro diretrizes que serão prioridade até 2012.
A primeira delas é a família.O padre considera que a igreja Católica precisa organizar grupos para atingir as famílias, já que muitas estão em situação de sofrimento, separação e pobreza. São três projetos em vista: encontro de preparação para o matrimônio, acompanhamento de recém-casados e acolhida dos casais em nova união.
A segunda meta é organizar as paróquias em pequenas comunidades. “Elas têm de passar a ser vistas como um conjunto de comunidades”, diz o padre.
A terceira prioridade é a promoção da vida e ação social. A arquidiocese planeja instalar a Pastoral da Saúde e trabalhar com prevenção de doenças. “Nós atendemos os enfermos, mas não trabalhamos para que as pessoas não fiquem doentes”, aponta. Outro projeto refere-se à recuperação de nascentes, rios e matas ciliares. “Queremos salvar o maior número possível de nascentes porque a água é um patrimônio que está se perdendo.”
A quarta e última diretriz é a juventude. A igreja Católica quer acolher os jovens e valorizar sua participação. “Vamos formar líderes jovens que falem a linguagem deles para que possamos evangelizá-los.”O arcebispo dom Anuar Battisti diz que mudanças na forma de acolhida dos fiéis, celebrações mais participativas e tratamento personalizado podem levar mais católicos às missas e “tocar o coração das pessoas”.
Na região, o número de evangélicos segue em crescimento, enquanto o número de católicos está estável. A pesquisa feita pela Arquidiocese de Maringá mostra que os católicos são 73,72% na região, enquanto os evangélicos são 21,15%. Comparados aos dados do IBGE, de 2000, os números apresentados pela igreja mostram crescimento de 2,41 pontos porcentuais de evangélicos e ainda a queda em 2,03 pontos porcentuais de pessoas que se declararam sem religião.
Leia na íntegra em O Diário (2/7/09).
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