A revista IstoÉ (24/7/09) trouxe uma matéria interessante, de Maíra Magro, sobre os pequenos grupos. Curiosamente, a reportagem dedica mais espaço à prática na Igreja Católica do que entre os evangélicos, que já usam essa abordagem há mais tempo.
"A crescente adesão ao movimento conhecido por igreja em casa é a prova de que lugar de oração não é só no templo. O movimento abrange católicos e evangélicos, que veem nessas reuniões uma forma de incentivar as relações pessoais e, ao mesmo tempo, conquistar novos adeptos. 'Cada vez mais, o Vaticano tem produzido documentos estimulando a igreja a ir até as casas', afirma a socióloga especializada em religião Sílvia Regina Alves Fernandes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
"Um dos mais tradicionais grupos de oração do Rio é organizado por uma representante da alta sociedade, a paulista Glória Severiano Ribeiro, 54 anos, da cadeia de cinemas Severiano Ribeiro. Ela reúne cerca de 50 amigas em sua casa, duas vezes por mês, com a presença do padre Marcos Antônio Duarte, da paróquia de São Conrado.
"A crescente adesão ao movimento conhecido por igreja em casa é a prova de que lugar de oração não é só no templo. O movimento abrange católicos e evangélicos, que veem nessas reuniões uma forma de incentivar as relações pessoais e, ao mesmo tempo, conquistar novos adeptos. 'Cada vez mais, o Vaticano tem produzido documentos estimulando a igreja a ir até as casas', afirma a socióloga especializada em religião Sílvia Regina Alves Fernandes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
"Um dos mais tradicionais grupos de oração do Rio é organizado por uma representante da alta sociedade, a paulista Glória Severiano Ribeiro, 54 anos, da cadeia de cinemas Severiano Ribeiro. Ela reúne cerca de 50 amigas em sua casa, duas vezes por mês, com a presença do padre Marcos Antônio Duarte, da paróquia de São Conrado.
"Na paróquia São Benedito, no bairro do Jaçanã, na zona norte de São Paulo, o padre Juarez Murialdo Dalan lançou, há um ano e meio, os chamados 'encontros em células'. São reuniões semanais de 12 fiéis - como os apóstolos que se encontram nas residências para orar e conversar sobre suas ações. A experiência frutificou - hoje os grupos já são 13. 'A ideia da célula é a multiplicação', explica o padre Juarez. Para ele, uma das maiores vantagens da igreja nos lares é o ambiente.
"Entre os evangélicos, também se multiplicam os cultos nos lares. Em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, o pastor pentecostal Diego Martinez faz cultos residenciais e supervisiona encontros semanais com grupos de dez a 40 pessoas, que celebram a Santa Ceia com pão e suco.
"No Rio, o pastor evangélico pentecostal Osias Rocha Matos promove cultos estritamente residenciais e adota o nome 'igreja sem templos'. Ao todo, já são 400 fiéis. 'Não cremos que a igreja tenha que ter uma sede', diz o pastor. 'O objetivo maior é fazer discípulos.'
"A ideia foi crescendo e algumas igrejas até inseriram a metodologia de células no nome, como a Igreja Celular Internacional. 'É uma proposta que produz crescimento muito rápido', explica o sociólogo.
"A igreja em células também é usada por novos movimentos leigos dentro do catolicismo - missionários que querem ter uma vivência intensa, mas sem adotar a vida religiosa. Um exemplo é a Comunidade Fanuel, em Santo André, na região metropolitana de São Paulo. O grupo adotou, há dois anos, o modelo de células e hoje já são 30 com cerca de 12 membros cada.
"Os encontros nas residências, de uma hora e meia, são informais e sem a presença de um padre - só de missionários. Também não há santo, vela ou crucifixo. Começam sempre com uma refeição, a partir da qual surgem debates e orações. 'Ao mesmo tempo que as reuniões respondem às necessidades dos participantes, também atraem quem está de fora', diz o missionário César Machado Lima. Uma vez por mês, é feita uma prestação de contas ao padre e ao bispo da localidade. Assim como o alto comando de Roma, os relatórios são aprovados e incentivados. Afinal, a pregação básica é: a Igreja deve ir onde o povo está."
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