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Pastores e Gestores?

quinta-feira, outubro 09, 2008

Neste artigo recentemente publicado pelo site www.institutojetro.com, o autor fala de uma figura utilizada na Bíblia para falar da Igreja e do papel do pastor. Usando um termo forte, moderno, administrativo e, recebido com preconceito por alguns, o texto fala sobre o lado "gestor" do pastor.



“Se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?” 1 Tm 3.5

Dentre as muitas figuras utilizadas para explicar a Igreja em sua natureza e missão, a família é minha preferida, pois é simples, profunda e direta. Aliás, particularmente gosto muito quando o assunto bíblico refere-se à família, quer seja através de uma narrativa, poesia, ensino, ou pela simples analogia. As complexas relações conjugais, entre pais e filhos, entre irmãos, dentro de uma comunidade maior, são sempre material para rica análise e aprendizado.

A começar pelo casal, devem nutrir entre si grande afeto e respeito, dedicando tempo para isso. Sua comunicação afetará diretamente a qualidade de seu relacionamento. Se forem transparentes, compreensivos e pacientes, terão maiores chances de êxito no convívio. A tomada de decisões deve ser feita sob oração, temor ao Senhor, concordância e coerência entre si.

Devem dividir entre si os vários papéis que deverão ser desempenhados. O cuidado dos filhos, da casa, das finanças, da saúde, da educação, dos relacionamentos sociais e comunitários, das responsabilidades civis são exemplos dos vários desafios que enfrentam. O dia-a-dia da alimentação, das contas a pagar, da logística dos filhos dentre outros são atividades que precisam ser muito bem coordenadas e desempenhadas. Fica fácil entender como, na prática, são gestores que precisam cuidar dos relacionamentos, das atividades e do patrimônio.

Os filhos nascem como frutos do relacionamento do casal, tornam-se alvo da missão até o ponto que tomam seus próprios papéis gradativamente ao longo do tempo. O plano é que cresçam e se desenvolvam física, emocional, social e espiritualmente ao ponto de alcançarem maturidade e autonomia para constituírem seu próprio lar. Tudo isso demandará longos e muitos anos de oração, cuidado, conversas, disciplinas, estímulos, acompanhamentos, feedback, exortações, comemorações etc. Em certo sentido, filhos precisam ser geridos (além de gerados) ao ponto que se tornem gestores de si mesmos e possam tornar-se pais de outros.

A comparação de Paulo na carta a Timóteo envolve isso e muito mais que uma família exige na prática. Pastores, presbíteros, diáconos e líderes em geral da igreja são sim gestores, tal qual o devem ser em seus próprios lares. A mesma espiritualidade que devem demonstrar em uma oração, adoração ou ensino deve ser vivida nas decisões financeiras, no estabelecimento das prioridades da agenda e nos demais assuntos do cotidiano da vida da igreja.

Sem diminuir a nobreza de sua vocação, pastores são, sim, gestores de seus lares e da igreja. Devem, pois, exercer esse papel com base no amor e na sabedoria do Senhor.



Por Rodolfo Garcia Montosa para o site
www.institutojetro.com

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